Ao lado do governador do Maranhão, Flávio Dino, do PC do B, a presidente Dilma aproveitou inauguração para defender a sua gestão, diante das críticas de queda na atividade econômica.

Em busca de reverter a queda de popularidade no Nordeste, a presidenta também participou de cerimônia de entrega de unidades habitacionais dos Residenciais Santo Antônio e Amendoeira em São Luís/MA e entregas simultâneas de unidades em Caxias/MA, em Campo Grande/MS e em Anastácio/MS do Programa Minha Casa Minha Vida. “Nós temos de ter consciência de que o Brasil não está parado.

O Brasil, nos últimos anos, fez um enorme esforço na área de infraestrutura, principalmente, rodovias, ferrovias, portos e aeroportos.

Na área de logística, nós temos hoje, aqui, a honra e o prazer de inaugurar o Terminal de Grãos do Maranhão, que é uma obra exemplar deste esforço que o Brasil vem fazendo”, afirmou. “O Brasil não está parado.

O Brasil tem um estoque de investimentos em infraestrutura que estão sendo maturados, ou seja, começaram lá atrás e agora estão sendo entregues.

Nos últimos quatro anos, nós nos esforçamos por isso, e nos últimos, praticamente a partir do PAC, que foi em 2007, nós fizemos um grande esforço em prol da infraestrutura logística do país”, analisou.

Dilma voltou a repetiu que se sentia muito mais em condições de enfrentar as dificuldades, que acreditamos transitórias, que a economia brasileira enfrenta, justamente pela quantidade de investimento realizado em infraestrutura nos últimos anos. “Nós temos praticamente a Norte-Sul concluída até São Paulo.

Isso não existia no Brasil.

Nós teremos, necessariamente, os resultados que nós plantamos nos últimos sete anos: são 6.870 quilômetros de rodovias construídas ou duplicadas.

Quase dois mil quilômetros de ferrovias que foram implantadas; portos, aeroportos que estão passando por reformas e ampliações”. “Mesmo a gente considerando que o mundo passa por uma crise e que nós vivemos o fim do chamado superciclo das commodities, é justamente agora que a nossa infraestrutura vai ser chamada a ter um desempenho para garantir a nossa competitividade.

Agora não tem aquele boom de preços e de quantidades que a industrialização da China colocou para o mundo.

Então, nós vamos ter de contar com os nossos recursos, com os nossos portos e com as nossas as nossas ferrovias, o esforço de nossos empresários, para atingir esse novo patamar e nos expandir cada vez mais”.

A presidente chegou a citar de raspão a ferrovia Transnordestina e disse que tinha certeza que ainda vai se concretizar, ampliando a infraestrutura do Brasil.

Na fala, foi mais objetiva ao afirmar que a Norte-Sul praticamente saía de Açailândia e ia até Aguiarnópolis. “Hoje, além de Aguianópolis ela desce até Palmas - isso já está construído - desce até Anápolis, está construído, e chega a Estrela d’Oeste, em São Paulo, ligando o Brasil lá de São Paulo até aqui.

Nós pretendemos estender isso até o porto do Rio Grande, esse é o projeto, mas a gente faz - como projeto - a gente faz passo a passo.

Então, essa é a primeira coisa que esse Tegram, esse terminal, aqui, o porto evidencia”.

Dilma associou a obra como o terminal a tempos melhores que lhe são cobrados. “Cumprimentamos a todos por terem construído esse novo Brasil que está nascendo e que vai ser responsável por garantir que a nossa travessia de um momento de dificuldades para um outro momento, que é o momento da prosperidade e do crescimento, seja mais breve possível”, afirmou, no discurso oficial.

No mesmo evento, Dilma louvou a nova frontera agrícula da região e disse que o Nordeste agora não era mais esquecido. “No passado, o Norte e o Nordeste do País não eram considerados como sendo estratégicos para o desenvolvimento do País.

Hoje, quem desconhecer o Norte e o Nordeste está fazendo um desserviço ao país.

O Norte e Nordeste se constituem na grande fronteira de crescimento”, comentou, antes de falar do potencial da agricultura. “Aqui está a nova fronteira agrícola do nosso País.

Que país, que no século 21, pode se dar ao luxo de ter uma fronteira agrícola?

A sétima economia do mundo, o Brasil.

O Brasil tem, nessa área, uma das maiores oportunidades de crescimento, de desenvolvimento, de mostrar a sua competitividade, o seu potencial e a sua prosperidade para todos os brasileiros, não só para os brasileiros dessa região, porque isso faz a roda da economia girar.

E quando ela gira, ela beneficia com emprego e renda; ela beneficia com novas oportunidades; ela beneficia com mais infraestrutura de qualidade.

Ela beneficia todo o país”.