O líder do Democratas na Câmara, deputado Mendonça Filho (PE), rebateu as declarações da presidente Dilma Rousseff, que, em discurso nesta segunda-feira, criticou o que chamou de “vale-tudo” para atingir “qualquer governo”. “De vale-tudo, Dilma e o PT entendem.

Porque eles optaram pelo vale-tudo para ganhar a eleição do ano passado”, afirmou, para completar: “Agora, quando o país enfrenta uma crise sem precedentes, fruto da irresponsabilidade petista, o governo recorre ao discurso da união, pregando paz e harmonia”. “Antes de propor união, a presidente Dilma Rousseff/PT precisa ser humilde e reconhecer seus erros, o que não tem sido feito pelo governo que, numa postura arrogante, prefere transferir culpas.

A culpa sempre é de terceiros, ora da oposição, que é minoria no Congresso, ora da crise internacional”, afirmou, ressaltando que a situação de outros países desmente o discurso do governo.

O deputado Mendonça Filho lembra que Dilma agiu de forma irresponsável no ano passado, especialmente durante a campanha presidencial, num “estelionato eleitoral sem fim”.

Além da corrupção e do abuso do poder, lembrou que parte das políticas de Dilma I está sendo questionada pelo Tribunal de Contas da União (TCU), que analisa as “pedaladas fiscais” que somam R$ 40 bilhões. “É curioso que agora a presidente Dilma Rousseff diga que é preciso pensar “primeiro no Brasil”.

O PT nunca pensou no Brasil, nunca teve um projeto para o país.

Sempre teve, isto sim, um projeto mesquinho de perpetuação no poder, cuja base é a corrupção sistemática comprovada pelo escândalo do mensalão e agora pelas apurações da Operação Lava Jato”, completou. “Esta postura faz o país enfrentar uma das piores recessões dos últimos anos, com inflação de quase dois dígitos, desemprego e perda de renda, especialmente entre a classe média e os trabalhadores”.

Sobre as votações no Congresso, Mendonça Filho avalia que o governo não pode imputar à oposição a crise e lembrou que os deputados de oposição são minoria na casa. “Querer transferir a crise para a oposição é cegar diante dos fatos.

A crise tem nome: falta de credibilidade, corrupção endêmica e irresponsabilidade com as contas públicas”.