Previsto para ser julgado na próxima quinta-feira (13) pelo Supremo Tribunal Federal (STF) o processo que vai discutir a descriminalização da maconha e de outras drogas, a medida não possui apoio de grande parte da população brasileira.

Os ministros do STF vão analisar um recurso apresentado por uma pessoa flagrada com pequena quantidade de maconha questionando a constitucionalidade da lei que fixa o porte de drogas como crime.

Esse é um dos processos mais polêmicos em discussão no tribunal e começou a tramitar em 2011.

O relator do caso é o ministro Gilmar Mendes.

Segundo levantamento nacional realizado pela agência de pesquisas de mercado Hello Research (www.helloresearch.com.br), 58% são contrários à descriminalização da maconha – sendo 47% totalmente contrários e 11%, parcialmente.

Quando se trata de outras drogas, o porcentual da população contrário sobe para 65%.

A pesquisa ouviu presencialmente mil pessoas com mais de 16 anos de todas as classes sociais em 70 cidades de todas as regiões do País.

A margem de erro é de três pontos porcentuais e o índice de confiança é de 95%.

O levantamento mostrou que o grupo das pessoas que são totalmente favoráveis à proposta totaliza apenas 20% dos entrevistados.

Os parcialmente favoráveis somam 7%.

Aqueles que não são nem a favor e nem contra possuem 12%.

Apenas 3% não responderam à pergunta.

Outras drogas Quando o assunto é a descriminalização para outras drogas, como cocaína e crack, a rejeição é ainda maior. 65% são contrários, sendo 57% totalmente e 8%, parcialmente.

O número é mais expressivo entre pessoas com mais de 45 anos a 59 anos e moradores do Norte e Centro-Oeste.

Já os totalmente favoráveis caíram para 16% e os que não são nem a favor nem contra permanecem estáveis, com 11%.

Os parcialmente contrários têm 8% e é mais forte com jovens de 16 a 24 anos, enquanto que os parcialmente favoráveis possuem 6% - apenas 2% dos entrevistados não responderam. “A questão que envolve a descriminalização das drogas é muito polêmica e incita reflexões na sociedade civil e no governo.

A pesquisa reforça a necessidade de debates, para a troca de opiniões diversas”, comenta Davi Bertoncello, diretor executivo da Hello Research.