Por Pedro César Josephi, em nota enviada ao Blog de Jamildo A Frente de Luta pelo Transporte Público de Pernambuco vem através desta externa sua repugnação frente a mais um cancelamento da Conferência Metropolitana de Transporte do Grande Recife.

Ainda em 2013, no meio das manifestações em defesa do transporte público, o governo, sob a titularidade de Eduardo Campos e do então Secretário de Cidades Danilo Cabral, não estabeleceu diálogo com os movimentos temáticos e cancelou os trabalhos da Conferência Metropolitana de Transporte logo ao primeiro dia.

Um desrespeito aos inúmeros delegados eleitos e, sobretudo, a sociedade pernambucana ávida por discutir os rumos do nosso transporte.

Neste ano, o atual Governador Paulo Câmara e o Secretário André de Paula prometeram retomar a Conferência Metropolitana, reestruturar o Conselho Superior de Transporte e aperfeiçoar os mecanismos de participação popular na concepção do serviço.

Em vão.

Infelizmente, nos parece que afastar a população dos debates sobre o Transporte virou praxe nos últimos governos estudais, eis que faltando menos de 2 (dois) dias para realização da Conferência Metropolitana de Transporte marcada para sexta-feira (07/08) e sábado (08/08), a sociedade pernambucana se depara com mais um cancelamento, sem justificativa e sem apresentação de nova data.

A Frente de Luta pelo Transporte Público reafirma sua indignação perante mais uma manobra do governo para impedir que as pessoas possam discutir a fundo às questões do nosso dia-a-dia.

Os problemas continuam, as obras de mobilidade não foram sequer concluídas, o BRT permanece capenga e improvisado, os terminais integrados sucateados e abarrotados, as ruas sem faixas exclusivas para ônibus, os trabalhadores sem condições dignas de trabalho e a URBANA-PE ganhando diretamente o dinheiro dos créditos vencidos do VEM.

Todo este caos sem o devido espaço garantido pelo Estado para que os movimentos sociais possam apresentar propostas, tais como defendemos, a implementação da tarifa única, do bilhete eletrônico e da integração temporal.

Exigimos, portanto, que o governador Paulo Câmara não permaneça silente, como aconteceu nas últimas mortes de estudantes no Transporte Coletivo.

Harlynton e Camila não podem ser apenas números.

Presente!

Frente de Luta Pelo Transporte Público de Pernambuco