Deputado Silvio Costa fez intermediação do encontro dos representantes do Sindaçúcar com Nelson Barbosa.

Foto: Divulgação O presidente do Sindicato da indústria do Açúcar e do Álcool no Estado de Pernambuco (Sindaçúcar-PE), Renato Cunha, esteve em audiência em Brasília, nesta quarta-feira (05), com o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, e o secretário executivo da pasta, Dyogo Henriques.

Na pauta, o destravamento das subvenções legais em atraso para a cana e o etanol e medidas estruturantes para garantir a competitividade do etanol, como combustível automotivo, em relação à gasolina.

A reunião foi articulada pelo deputado federal Sílvio Costa, vice-líder da bancada governista na Câmara.

As subvenções em atraso são referentes às leis federais 12.999 e 13.000, ambas sancionadas em 2014 pela presidente da República Dilma Rousseff.

Os recursos somam R$ 622 milhões destinados aos estados de todo o Nordeste e ao Rio de Janeiro, mirando a recuperação da estiagem na safra 2012/2013, quando houve mais de 20% de perda da produção.

No caso do setor sucroenergético de Pernambuco, são devidos R$ 68 milhões para o etanol e R$ 58 milhões para a cana, num total de R$ 126 milhões.

Renato Cunha defende que, apesar do atraso, esses recursos são imprescindíveis, na atual entressafra do setor, para garantir empregos e proporcionar a irrigação de recursos em cerca de 50 municípios produtores no Estado.

Em Pernambuco, há 15 usinas em operação, número que dever subir para 17, com a retomada das atividades das usinas Cruangi e Pedroza.

Mesmo assim, o setor ainda se ressente dos efeitos de uma política de preços, no mercado interno de energia automotiva, que prejudicou as vendas de etanol e alavancou artificialmente o consumo de gasolina durante anos seguidos.

Ao todo, 80 usinas fecharam as portas no Brasil.

Outro impacto negativo vem do excesso de oferta de açúcar no mercado internacional, que deprecia o preço da commodity e só tende a se reverter em 2016.

No Estado, as usinas geram 90 mil empregos diretos e contabilizam, na safra 2014/2015, a moagem de 15,1 milhões de toneladas, produzindo 396 milhões de litros de etanol e 1,08 milhão de toneladas de açúcar.

A produção de etanol no Estado soma 199 milhões de litros de hidratado e 197 milhões de litros de anidro.

O resultado previsto para a safra 2015/2016 ainda está ainda abaixo das 17,4 milhões de toneladas esmagadas na moagem 2011/2012, quando foram produzidas 1,4 milhão de toneladas de açúcar e 357 milhões de litros de etanol anidro e hidratado.