Líder do governo chamou a atenção para o agravamento da crise.

Foto: divulgação/Alepe Em pronunciamento feito na Assembleia Legislativa durante a primeira a sessão plenária do segundo semestre, nesta segunda-feira (03), o deputado Waldemar Borges chamou a atenção para o agravamento da crise no país devido ao desempenho negativo dos principais indicadores nacionais.

Destacando a necessidade de enfrentamento e construção de soluções, o líder do governo afirmou que estados e municípios estão arcando com as consequências de um “modelo de pacto federativo anacronicamente deformado”, com forte concentração de recursos pela União.

Em 1985, 70% do que era arrecadado pela União era partilhado com estados e municípios.

Três décadas depois, esse percentual é de apenas 30%. “Vivemos uma equação invertida na qual estados e municípios estão sendo penalizados.

Estamos acompanhando a situação de 130 municípios pernambucanos que se encontram sob o risco de infringirem a Lei de Responsabilidade Fiscal devido a queda de repasses federais”, destacou o deputado.

Borges também chamou a atenção para o não reajuste de repasses feitos pelo governo federal. “Alguns não são reajustados há mais de dez anos, como por exemplo na área da saúde.

O SUS paga a Pernambuco, para consultas de média e alta complexidade, uma média de R$ 5,00.

Um leito de UTI, cuja diária é de R$ 1.200,00, o Governo Federal só paga R$ 400, estando o Governo do Estado responsável em arcar com os R$ 800,00 restantes.

São valores mínimos e insuficientes para enfrentar o problema”, revelou.

O líder do Governo ressaltou que, apesar dessa adversidade, Pernambuco tem crescido. “Não se pode cortar, como fez o governo federal, 12 bilhões de reais da saúde e 9 bilhões da educação e achar que isso não se reflete nos estados brasileiros.

Se a oposição quer discutir esse assunto de fato, temos que criar uma unidade para ajudar Pernambuco a enfrentar esse modelo concentrador.

O foco não é, como a oposição coloca, dizer que Pernambuco cresceu mais do que podia.

Fizemos o que ninguém imaginava que podia ser feito, mas muito ainda falta.

E se há dificuldades de custeio localizadas em algumas unidades, não podemos culpar o crescimento do estado”, concluiu.