Foto: Blog Imagem Em entrevista após o lançamento da campanha de construção do Instituto de Oncologia do IMIP governador Eduardo Campos nesta nesta terça-feira (4), o governador Paulo Câmara (PSB) defendeu a Operação Lava Jato, mas afirmou que as investigações estão causando instabilidade política no País.
Sobre a prisão do ex-ministro José Dirceu em Brasília nessa segunda-feira (3), o governador afirmou que as investigações devem ser respeitadas. “Temos que respeitar as investigações espero que elas sejam cada vez mais céleres e que continuem acontecendo se preciso.
O que nos preocupa é a instabilidade política que isso gera.
Nós defendemos que as investigações sejam feitas e que tudo seja apurado, porém que seja mais rápido porque a crise política atrapalha a crise econômica”, disse.
LEIA TAMBÉM: » PF diz que José Dirceu comandava esquema de propina na Petrobras desde que era ministro » Advogado de Dirceu diz que vai entrar com ação no STF para manter ex-ministro em Brasília » PF prende ex-ministro José Dirceu em Brasília » Dirceu criou esquema na Petrobras, diz investigação; ex-ministro foi preso De acordo com o governador, a torcida é para que tudo seja esclarecido e que os culpados sejam julgados, mas que o “Brasil volte a funcionar com rapidez”.
Paulo Câmara participou do lançamento da campanha para a construção do Instituto de Oncologia Governador Eduardo Campos.
A unidade integrará os serviços prestados pelo Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (Imip) no tratamento de pessoas com câncer.
A cerimônia foi marcada por homenagens a Eduardo Campos e contou com a presença da ex-primeira-dama Renata Campos e de João Campos, filho tido como possível herdeiro político de Eduardo. “Não é fácil caminhar por essa estrada.
Não é fácil fechar um ciclo de quase um ano agora que se completa do desaparecimento e da morte do meu pai.
Mas a gente comenta muito dentro de casa que se não fosse o apoio incondicional e o reconhecimento do povo, jamais seria possível ultrapassar por esse caminho”, afirmou João.
Eduardo Campos Sobre as declarações de Antônio Campos, irmão do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, que disse estar convencido de que a causa do acidente aéreo que provocou a morte do pessebista foi um erro de projeto do avião Cessna, Paulo Câmara se esquivou do assunto e disse que vai aguardar a apuração oficial do acidente. “Eu não vou me manifestar antes das informações oficiais serem divulgadas porque eu acho que esse é o momento adequado. É isso o que a família e Renata tem nos dito.
E a gente vai respeitar a vontade de Renate em relação a isso”, explicou.
Além de Campos, que disputava a Presidência da República, morreram no acidente há quase um ano outras seis pessoas.
O inquérito policial sobre o caso ainda não foi concluído.
Recursos Nessa segunda-feira (3) o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, afirmou que a presidente Dilma Rousseff decidiu sancionar o projeto de lei complementar que libera os recursos dos depósitos judiciais aos Estados.
Paulo Câmara se mostrou descontente com a hierarquia necessária para utilizar o recurso. “A lei que foi sancionada hierarquiza a utilização desses recursos, então primeiro vamos levantar quais os bancos que tem depósitos judiciais e saber quanto poderemos disponibilizar e usaremos este recurso como a lei permite”, afirmou.
A nova lei determina que os governadores poderão sacar até 70% dos depósitos sem pedir autorização da Justiça.
No entanto, os Estados devem seguir uma hierarquia para utilizar os recursos: primeiro, deve pagar os precatórios, depois, dívidas previdenciárias e, por fim, pode aplicar o dinheiro em investimentos de PPP (Parceria Público-Privada).
O montante para este último item pode chegar a até 10% do total que pode ser sacado.