Foto: reprodução/Facebook Em entrevista ao Blog de Jamildo, a presidente do PT em Pernambuco, deputada estadual Teresa Leitão, criticou a prisão do companheiro de partido José Dirceu.

O ex-ministro da Casa Civil foi preso na manhã desta segunda-feira (3) na 17º fase da Operação Lava-Jato.

LEIA TAMBÉM: » PF diz que José Dirceu comandava esquema de propina na Petrobras desde que era ministro » Advogado de Dirceu diz que vai entrar com ação no STF para manter ex-ministro em Brasília » PF prende ex-ministro José Dirceu em Brasília A deputada afirmou que a prisão faz parte de um ’espetáculo’ feito pelo juiz Sérgio Moro. “Esta prisão faz parte do espetáculo do juiz Sérgio Moro.

Foi desnecessária porque Dirceu já estava em prisão domiciliar e sinto que foi proposital.

Outros juízes que conheço pensam da mesma forma”, afirmou.

Para os investigadores, Dirceu é um dos responsáveis por criar o esquema de corrupção na Petrobras quando era ministro, no primeiro governo Lula, e teve papel de comando nesse esquema. “Eu quero um Brasil sem corrupção, mas não sinto que a Operação Lava Jato consiga, pois a forma que o juiz (Sérgio Moro) conduz as investigações não parece ser objetiva”, afirma a deputada.

De acordo com a petista, a prisão de José Dirceu está envolvida num jogo político. “Moro prende sem investigar.

Sei que a sociedade está a favor das investigações, porém não se pode fazer um jogo político.

Esse é o problema do juiz, ele envolve a política nas investigações”, ressaltou.

REFINARIA - A Polícia Federal incluiu a JD Assessoria e Consultoria em um grupo de 31 empresas “suspeitas de promoverem operações de lavagem de dinheiro” em contratos das obras da Refinaria Abreu e Lima (Rnest), no município de Ipojuca, em Pernambuco.

A construção iniciada em 2007, que deveria custar R$ 4 bilhões, consumiu mais de R$ 23 bilhões da Petrobras.

O ex-ministro já cumpria prisão em regime aberto após ter sido acusado no julgamento do mensalão.

Ele aguarda autorização do STF para seja transferido para Curitiba.

O irmão do ex-ministro, Luiz Eduardo de Oliveira e Silva, também foi preso na operação.

LULA - A deputada disse, também, que a investigação é não é imparcial e que a meta é a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “A meta política é essa.

Aí não é justiça. É política.

Se for para acabar com a corrupção no país, tem todo nosso apoio, mas tem que investigar tudo e não fazer uma investigação imparcial”, criticou.