Foto: Reprodução Folhapress - O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmou que determinará à Procuradoria Parlamentar que faça, na próxima semana, a interpelação judicial da advogada Beatriz Catta Preta.

A declaração foi feita por meio de uma rede social na manhã deste sábado (1º).

Responsável por nove acordos de delação premiada de réus na Operação Lava Jato, Catta Preta fechou seu escritório e abandonou processos do caso.

Em entrevista à TV Globo na quinta (30), afirmou que decidiu encerrar a carreira por se sentir ameaçada por integrantes da CPI.

LEIA MAIS: » Advogada afirma que deixou Lava Jato por se sentir ameaçada Segundo a advogada, a pressão aumentou após um de seus clientes, o lobista Julio Camargo, afirmar em depoimento que pagou propina de US$ 5 milhões a Cunha.

Para Cunha, a acusação de Catta Preta “atinge a Câmara como um todo” e ela deve “esclarecer ou ser responsabilizada por isso”.

O deputado disse ainda que a interpelação servirá para que ela detalhe as ameaças que sofreu e diga quem está por trás delas.

Na sexta (31), o ministro Jaques Wagner (Defesa) já havia pedido à Câmara que fizesse a interpelação. “Ela diz que tem prova de tudo.

Cabe à mesa da Câmara fazer a chamada interpelação judicial, para que ela traga à baila e identifique se houve ameaças e quem as cometeu”, disse.

O ministro José Eduardo Cardozo (Justiça) classificou como grave a denúncia, mas evitou comentar se ela era crível. “O que posso dizer é que o Ministério Público tem condição de fazer, através dos mecanismos legais, as apurações devidas para que essa situação seja esclarecida.” O autor do requerimento de convocação na CPI da Petrobras da advogada Beatriz Catta Preta, deputado Celso Pansera (PMDB-RJ), chamou de “ridícula” a acusação da advogada.