Nesta quinta-feira, às 14h30, no auditório do prédio administrativo do Porto do Recife, o diretor do INPH, Domenico Acceta, vai apresentar para o diretor-presidente do Porto do Recife, Olavo de Andrade Lima, o Capitão dos Portos, representantes da Praticagem e operadores portuários o resultado final da batimetria realizada nas áreas internas e no canal de acesso do ancoradouro.
O resultado do estudo é uma espécie de retrato das variações das profundidades do assoalho marinho, o que influi no trabalho dos práticos, e que determina o calado e o tamanho das embarcações que podem entrar e atracar no Porto recifense.
O resultado da batimetria é uma das etapas que irão compor os projetos executivos das obras de dragagem e sinalizações náuticas, das áreas internas e canal de acesso, do ancoradouro recifense No final de abril, o engenheiro Wagner Dias e mais quatro técnicos do INPH ficaram cercar de 10 dias no Porto do Recife realizando levantamentos do relevo marinho para compor o estudo batimétrico da área.
Os dados colhidos e analisados pelo INPH servirão para subsidiar o projeto, o termo de referência e o edital de licitação da nova dragagem.
O Instituto fará propostas e simulações com modelagem física e matemática para diminuir as restrições operacionais do Porto e aumentar a sua capacidade comercial na atração de novos negócios. “Essa parceria com o INPH deve trazer mais celeridade ao processo licitatório e início das obras de dragagem do ancoradouro recifense, como aconteceu com os Portos de Santos, Rio de Janeiro, Paranaguá e Rio Grande, os quais foram contemplados pelo Programa Nacional de Dragagem 2 (PND2), assim como o Porto do Recife”, ressalta o presidente do Porto, Olavo de Andrade Lima.
Ainda de acordo com o presidente “estes estudos objetivam, a melhoraria da geometria e da profundidade do canal de acesso, bem a dos berços de atracação para 12 metros (hoje eles variam entre 11 e 8 metros); a readequação e ampliação da área de manobra para 550 metros de diâmetro (hoje ela tem 450 metros) e a implantação de fossos de retenção de assoreamento”, explica o presidente do Porto, Olavo de Andrade Lima.
O ancoradouro recifense foi contemplado pelo Programa Nacional de Dragagem 2 (PND2) que será realizado com recursos da União, mas cabe ao Porto do Recife a apresentação dos projetos necessários, os quais podem chegar a custar até 3 milhões de reais caso fossem elaborados por empresas de consultoria particulares.
Em visita ao Instituto Nacional de Pesquisas Hidroviárias, no Rio de Janeiro, no mês de janeiro, o presidente do ancoradouro, e comitiva, garantiu o apoio técnico e a elaboração dos projetos de melhoramentos e adequação de toda a infraestrutura aquaviária do Porto do Recife. “Apresentamos aos técnicos do INPH um estudo preliminar, feito em conjunto com a Praticagem e a Capitania dos Portos, o qual mostra a situação de navegabilidade no Porto do Recife e a equipe comandada pelo diretor do Instituto, Domenico Acetta, colocou-se a disposição para realizar todos os estudos, projetos, termo de referência e edital para que a SEP (Secretaria de Portos) possa realizar a licitação”, disse Olavo de Andrade Lima, presidente do Porto do Recife.