Em sentido horário: Miguel Coelho (PSB), Lucas Ramos (PSB), Odacy Amorim (PT), Gonzaga Patriota (PSB), Adalberto Cavalcanti (PSB) e Fernando Filho (PSB).
Por Marcela Balbino, repórter do Blog A pouco mais de um ano para a eleição de 2016, Petrolina respira o clima eleitoral e o pleito promete ser acirrado.
A lista está repleta dos principais nomes da política local.
Em diferentes graus de exposição, os seis deputados estaduais e federais eleitos na cidade sinalizam o interesse em ingressar no páreo pela prefeitura.
O confronto pode ser marcado ainda pela disputa interna no PSB.
Quatro miram a vaga – Fernando Filho, Miguel Coelho, Lucas Ramos e Gonzaga Patriota.
Em seu primeiro mandato na Assembleia Legislativa de Pernambuco, o deputado Lucas Ramos (PSB) não disfarça o desejo de governar a cidade.
No bojo das articulações, ele se aproxima do atual prefeito Júlio Lóssio (PMDB) em busca do espólio eleitoral do gestor.
Na tentativa de gabaritar-se para o cargo, Ramos viajou em abril para a Colômbia a fim de conhecer iniciativas na área de segurança pública.
O secretário de Segurança Urbana do Recife, Murilo Cavalcanti (PMDB), vem estimulando a candidatura do conterrâneo.
Filho do conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, Ranílson Ramos, o deputado diz que o intuito é reunir as forças da Frente Popular e buscar união com o PMDB.
Na última sexta, o socialista encontrou-se com o deputado federal Jarbas Vasconcelos, cacique-mor do PMDB no Estado, para amadurecer os planos políticos. “Nós tivemos apoio de parte do grupo de Lóssio e defendemos a parceria administrativa.
A gente quer reeditar em Petrolina a parceria da Frente Popular que teve aprovação de 67% dos eleitores que elegeram Paulo Câmara governador”, explicou.
VEJA VÍDEO EXPLICANDO DISPUTA EM PETROLINA: Quanto às desavenças políticas do PSB com o atual prefeito, latentes nas duas últimas eleições, Ramos alertou para a “dinâmica da política”. “Acho que o fato de o prefeito ter disputado eleição contra candidato do PSB não quer dizer que ele seja adversário político a vida inteira”, grifou. “É preciso priorizar o projeto político.
A cidade não pode ser tratada como projeto familiar”, alfinetou Ramos.
Considerado o “candidato natural” dentro do PSB, o deputado federal Fernando Filho descarta aliança dos Coelho com o grupo de Lóssio.
Diz que está vivendo bom momento na vida parlamentar, como líder do PSB na Câmara, mas não esconde as intenções eleitorais.
LEIA TAMBÉM: » Forças tradicionais de Caruaru se articulam para disputa inédita » Douglas Cintra é peça importante no xadrez político de Caruaru » Força do DNA ainda impera na disputa em São Lourenço da Mata “Não estou pautando eleições neste momento.
Procurei o governador e comentei que devíamos ter uma conversa no fim do segundo semestre, não apenas sobre o cenário de Petrolina, mas de outras cidades-chave do Sertão”, disse.
Refutando “imposições”, Fernando considera “legítima” a movimentação de correligionário.
Segundo ele, será respeitada a vontade da maioria do partido e não haverá “bate-chapa”.
Lóssio esconde o jogo e não entrega seu candidato.
Foto: reprodução do Facebook Já Lóssio evita especulações e esconde o jogo quanto ao herdeiro político. “Estou focado na gestão.
Só discuto sucessão em 2016”, diz, como mantra.
Interlocutor ligado ao prefeito acha remota a possibilidade de ele apoiar algum candidato do PSB.
Nos bastidores, a leitura é que o peemedebista usa a tática de Maquiavel: “Dividir o adversário é a primeira estratégia para governar”.
Especula-se ainda que o chefe do Executivo municipal vai alçar um de seus auxiliares à disputa.
Fora do campo socialista, os deputados estadual Odacy Amorim (PT) e o federal Adalberto Cavalcanti (PTB) também estão atentos à prefeitura.
Eleito para deputado estadual com 61.772 votos, o petista disputou a eleição contra Lóssio, em 2012, mas ficou em terceiro lugar com 30 mil votos.
Por sua vez, Adalberto já trata abertamente da pré-candidatura.