Após passeata no centro do Recife, os dirigentes do Sinpol (Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco) visitaram o presidente do Tribunal de Justiça de Pernambuco, desembargador Frederico Ricardo de Almeida Neves, na tarde desta quarta-feira (15).

O presidente do Sinpol, Áureo Cisneiros, questionou a ação do TJPE que bloqueou R$ 90 mil da conta do sindicato. “Estamos aqui para pedir a reconsideração, porque tem um problema no Sinpol.

Um problema administrativo.

São R$90 mil que foram bloqueados e nós temos uma clinica lá, principalmente para os aposentados.

Nós temos a base de seis médicos que atendem basicamente os aposentados, temos cerca de três dentistas, tem o nosso pessoal de apoio, os auxiliares administrativos, e tem a questão dos advogados.

Estão tudo sem receber devido a esse bloqueio do dinheiro do Sinpol”, declarou o presidente do Sinpol, Áureo Cisneiros.

O desembargador ouviu atentamente as reivindicações e aconselhou o sindicato a entrar com uma ação colocando seus argumentos contrários ao bloqueio. “O desembargador prometeu analisar o processo que vamos protocolar pedindo o desbloqueio do dinheiro do sindicato”, disse Áureo.

Um dossiê da Operação Polícia Civil Cidadã foi entregue ao presidente do TJPE.

O documento mostra um mapeamento da situação das condições de trabalho em 36 locais de trabalho dos policiais, entre delegacias, seccionais e institutos do Estado.

Antes da reunião no TJPE, o Sinpol havia realizado outra passeata na categoria pelas ruas do Recife.

Desta vez o movimento recebeu apoio de dirigentes de sindicatos de todo o Brasil como os membros da Cobrapol (Confederação Brasileira de Trabalhadores Policiais Civis), membros da Feipol (Federação Interestadual dos Policiais Civis) e dos sindicatos dos policiais civis de outros estados da região Nordeste como: Sinpol Sergipe, Ceará, Bahia, Alagoas e Rio Grande do Norte.

Com início na Praça do Derby, a passeata cruzou a Avenida Agamenon Magalhães, seguindo pela Avenida Conde da Boa Vista.

Os policiais civis seguiram até a frente da Corregedoria Geral da Secretaria de Defesa Social (SDS) para realizar os primeiros discursos de protesto.

As ações foram classificadas como repressão à livre atividade sindical.

O ato seguiu pela Rua da Aurora em direção ao Palácio do Campo das Princesas e terminou em frente ao Tribunal de Justiça de Pernambuco, onde a comissão do Sinpol foi recebida.