Trabalhadores dispensados da refinaria fazem protesto para cobrar pagamento de benefícios.

Foto: divulgação.

Há mais de um semestre, cerca de 200 trabalhadores do consórcio Coeg, formado pelas empresas Conduto e Eges, tentam receber o pagamento das verbas rescisórias pela Petrobras.

A estatal é responsável pelo repasse de recursos ao consórcio para o pagamento dos funcionários.

Na manhã desta quinta-feira (16), o grupo de demitidos realizou um protesto em Suape, com faixas e cartazes, para alertar para os atrasos.

Em uma das faixas, os dizeres: “Não temos nada a ver com a Lava-jato.

Queremos nosso dinheiro”.

A desmobilização teve início em janeiro deste ano.

O Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias de Construção de Estradas, Pavimentação e Obras de Terraplenagem em Geral no Estado de Pernambuco (Sintepav-PE) conseguiu a condenação do consórcio Coeg perante a 2ª Vara do Trabalho de Ipojuca.

Apesar disso, a Petrobras não foi condenada juntamente com o consórcio.

O Sintepav recorreu da decisão por entender que a Petrobras tem responsabilidade e deve arcar com o pagamento dos valores aos trabalhadores.

O juiz da 2ª Vara do Trabalho de Ipojuca determinou a remessa do processo para a 2ª Instância do Tribunal Regional do Trabalho de Pernambuco. “A situação dos trabalhadores é a pior possível.

Até agora eles não receberam as verbas rescisórias que lhes são devidas.

O Estado não tem empregos para oferecer e eles estão jogados à míngua.

Eles não podem ser esquecidos, eles representam a parte mais frágil do processo”, ressalta Aldo Amaral, presidente do Sintepav.

De acordo com o Coordenador de Fiscalização do Sintepav, Leodelson Bastos, os manifestos vão continuar ao longo do mês. “Estamos articulando um novo manifesto ainda este mês, desta vez em frente ao Ministério de Trabalho, com marcha ao Palácio do Governo, onde teremos adesão do Sindicato dos Petroleiros.

Esperamos ser atendidos pelo Governo, para que agilizem esse processo, onde os trabalhadores estão há quase oito meses sem suas verbas rescisórias.

E o mais grave é que acabou o seguro desemprego deles”, ressaltou.