A deputada estadual Priscila Krause (DEM) visitou no início da tarde desta quarta-feira (15) o canteiro das obras da ponte Monteiro-Iputinga, na Zona Norte do Recife.

A intervenção, iniciada em março de 2012, está abandonada desde o início deste ano, apesar de já ter consumido R$ 30 milhões dos cofres da administração municipal.

Em julho de 2013, o prefeito Geraldo Julio (PSB) anunciou a retomada das obras e prometeu entregá-la à sociedade no segundo semestre de 2014.

Inicialmente, a obra - que além da ponte também conta com três subsistemas viários novos no entorno - deveria ter sido inaugurada no final de 2013. “A situação é de abandono total e o mais preocupante é que nós pesquisamos os pagamentos relativos à construção e já foram trinta milhões de reais repassados ao consórcio responsável, faltando pouco mais de um quarto para pagar o custo total do contrato que é de quarenta e dois milhões.

Além de não termos a melhora da mobilidade na Zona Norte, que está esgotada há tempo, temo por esses recursos.

Trata-se de um montante considerável, ainda mais em tempos de crise”, afirmou Priscila.

A deputada também conversou com moradores da região, que contaram os prejuízos pela convivência com o canteiro abandonado.

Iniciada na administração do ex-prefeito João da Costa (PT), a obra teve R$ 7,56 milhões pagos em 2012, quando o prefeito ainda era o petista.

Em 2013, primeiro ano da gestão do prefeito Geraldo Julio (PSB), foram quitados R$ 3,09 milhões, enquanto em 2014 os pagamentos aceleraram e somaram o montante de R$ 18,17 milhões.

Esse ano, o consórcio Cinzel/Camillo Brito recebeu R$ 1,197 milhões pelos serviços prestados.

Os dados foram apurados no Portal da Transparência do governo municipal. “O Recife espera uma resposta rápida sobre o que acontecerá com esse investimento, qual o futuro da obra”, concluiu Priscila.

A intervenção compõe a terceira etapa do programa Capibaribe Melhor e teve recursos emprestados do Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (Bird).

A ideia do projeto é encurtar distâncias entre a Zona Norte e a Zona Oeste, permitindo uma ligação mais curta entre os que transitam entre Parnamirim, Casa Forte, Monteiro e Iputinga, Cordeiro e Caxangá.