Na Folha press Derrotado por uma pequena margem de votos na eleição presidencial do ano passado, o senador Aécio Neves (MG) vaticinou que Dilma Rousseff não deve concluir o mandato.

O mesmo raciocínio foi adotado pelos demais líderes do PSDB, que defenderam a tese de que o partido está pronto para “ir até o fim” e assumir o comando do país.

Os discursos foram feitos neste domingo (5), na convenção nacional do partido, em Brasília.

O local do evento ficava a poucos metros da residência oficial da petista.

Reeleito presidente nacional da legenda, Aécio encerrou seu discurso com a mais dura sentença sobre o futuro de Dilma. “Um partido como o PSDB não pode temer o futuro.

Nós vamos ter coragem para fazer o que precisa ser feito.

E se preparem, dentro em breve deixaremos de ser oposição e vamos ser governo”, afirmou, sinalizando que a sigla não ficará em cima do muro em relação ao destino da petista.

Mesmo as vozes tradicionalmente mais moderadas da legenda fizeram ataques frontais ao PT e ao governo.

Sem citar Dilma nominalmente, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, disse que o petismo está “no fundo do poço”. “Ficou claro que o PT não gosta de pobre e não gosta do social.

O PT gosta é de poder”, disse o paulista.

Ele falou em “tragédia” política e defendeu uma oposição responsável.

Até o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso defendeu a tese de que os tucanos estarão “a depender das circunstâncias, a assumir o que vem pela frente”.

Para ele, o “rumo foi perdido” e o Brasil “foi quebrado pelo PT”.

Apesar do tom forte das falas, os tucanos tiveram a preocupação de dizer, em vários momentos, que qualquer desfecho se daria “dentro da lei”.

A fala era uma vacina à pecha de que estão adotando uma agenda “golpista”.