O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, fe zum pronunciamento duro, ao ser reeleito por mais dois anos para a presidência do partido, com 99,34% dos votos dos convencionais. “Foi uma honra enorme caminhar lado a lado com cada um de vocês. É com orgulho que recebo os votos dos correligionários do PSDB para continuar esta caminhada pelos próximos anos.
Estou pronto para cumprir mais uma vez o meu dever.
Somos o partido que modernizou o país, mas a grade questão é que infelizmente o Brasil dos nossos dias é muito diferente do Brasil do passado.
Não perdemos a eleição para um partido político, mas para uma organização criminosa que se instalou no seio do estado nacional”, disse Aécio Neves.
O presidente tucano falou hoje para mais de 3 mil pessoas, entre parlamentares, lideranças, filiados e militantes, reunidos na XII Convenção Nacional do partido realizada em Brasília.
Aécio Neves agradeceu a cada um o apoio e a solidariedade que tem recebido em todo o país desde a campanha eleitoral.
Aécio Neves criticou ainda o governo da presidente Dilma Rousseff por fazer um ajuste fiscal precário, às custas do trabalhadores. “O que temos em marcha é um ajuste sem reformas.
E ajuste sem reformas não pode ter outro nome senão arrocho. É isso que nós estamos vivendo.
Neste cenário é nosso dever lutar pela garantia dos direitos dos cidadãos, pela preservação da nossa democracia, pela defesa das nossas instituições e pelo muito que foi conquistado até agora”, afirmou Aécio Neves em discurso na convenção nacional da legenda. “O ajuste fiscal de péssima qualidade não resolverá a crise e tampouco as contradições do modelo.
Para um país que precisa crescer, é inaceitável que os investimentos públicos tenham caído quase 40% desde janeiro e que os gastos permaneçam intocados”, apontou.
O presidente nacional do PSDB também afirmou que o governo petista age com “requintes de crueldade” ao restringir o acesso ao seguro-desemprego em um momento em que milhares de brasileiros estão sendo demitidos por causa da crise econômica. “Em época de crise e de alta do desemprego, quando os brasileiros mais precisam do apoio do poder público, o governo dos nossos adversários limita os direitos trabalhistas como o seguro-desemprego e faz, agora, o impensável.
Com requintes de crueldade, transfere para os trabalhadores mais pobres, que ganham até dois salários mínimos, cerca de R$ 9 bilhões da conta do ajuste, adiando para o ano que vem o pagamento do abono salarial”. “A tesoura do governo também não poupa programas sociais, a começar pela “pátria educadora” que a cada dia impõe mais cortes a programas voltados ao ensino.
Vitrines das propagandas partidárias do PT, iniciativas como o Fies e o Pronatec foram severamente reduzidas, frustrando os planos de milhões de brasileiros que buscam uma vida melhor.
Sucatearam também as nossas universidades”, lamentou o presidente tucano.