Foto: Jefferson Rudy/ Agência Senado Descontente com o governo Dilma, o senador Paulo Paim (PT-RS) afirmou que pensa em deixar o Partido dos Trabalhadores (PT), sigla da qual faz parte desde 1980.
Segundo Paim, o PT deve mudar sua forma de governo para que ele não procure “novos caminhos”. “Sou contra algumas medidas que o governo vem tomando, em relação aos direitos do trabalhador, aposentado, pescador, viuvas e eu sou contra, infelizmente me sinto descontente no partido e cheguei a conclusão que se a forma de governo não mudar terei que procurar novos caminhos”, disse Paim.
O senador afirmou que o desconforto é geral no partido, mas que se mudar de sigla não deve ficar “jogando pedras” no PT.
Com a proximidade das eleições municipais de 2016, Paim afirmou que não deve ser candidato. “As eleições municipais estão chegando, mas vou cumprir meu mandato até o fim.
Não irei me candidatar, mas estarei no debate político pelo PT ou por outo partido”, afirmou o senador.
De acordo com Paulo Paim, todos os partidos do País, inclusive os que estão se formando, fizeram convites para que o senador deixe o PT. “A sigla é só um instrumento para defender o povo brasileiro.
Caso eu saia do PT irei para um partido que defenda os aposentados, trabalhadores, mulheres, deficientes e que não tenha nenhuma forma de preconceito”, ressaltou Paim.
TERCEIRIZAÇÃO Nesta sexta-feira (3), a Comissão de Direitos Humanos (CDH), presidida pelo senador, realizará audiência pública, em Recife, sobre o PLC 30/2015 que trata da terceirização.
O evento acontecerá a partir das 14h, na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe).
Paulo Paim acredita que o projeto não passa no Senado Federal da forma como foi aprovado na Câmara dos Deputados.
Ele define a proposta como “um retrocesso e um atraso” e diz que “ampliar as possibilidades de terceirização significa rasgar a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e a Constituição”. “Acredito que no senado não passa e se depender de mim eu derrubo ali mesmo”, disse.