Câmara chegou ao lado de Marta Suplicy, Renata Campos, Carlos Siquera e lideranças do PSB.

Foto: Dayvison Nunes/JC Imagem A passagem da senadora Marta Suplicy (sem partido-SP) pelo Recife, nesta quinta-feira (2), foi bastante cortejada pela cúpula do PSB.

Durante a visita a XVI Fenearte (Feira Nacional de Negócios do Artesanato), as principais lideranças socialistas não esconderam o desejo de abrigar a ex-petista, cuja saída do Partido dos Trabalhadores foi marcada por diversas críticas aos principais caciques da sigla.

Marta chegou à feira, no Centro de Convenções, em Olinda, ladeada por Renata Campos, viúva de Eduardo Campos e por membros do diretório nacional socialista, entre eles: o governador Paulo Câmara (PSB), o vice-presidente de relações governamentais do PSB, Beto Albuquerque, o presidente nacional da sigla, Carlos Siqueira, o senador Fernando Bezerra Coelho e o prefeito do Recife, Geraldo Julio.

Sem especificar datas ou detalhes da filiação, a ex-prefeita de São Paulo explicou que está “estreitando os laços e conhecendo as pessoas do partido”.

Marta tergiversou quando questionada sobre os motivos que a levariam a ingressar no PSB e afirmou que o processo está caminhado. “Eu estou conversando com muitos partidos, mas eu estou muito próxima do PSB.

E estou aqui conhecendo mais a sigla, porque hoje o núcleo muito forte do partido está em Pernambuco”, observou.

A senadora evita se comprometer, porque tem tempo para filiação.

O prazo expira em outubro deste ano.

Os planos futuros dela incluem a disputa pela prefeitura de São Paulo, em 2016.

A senadora já iniciou as críticas ao atual prefeito do executivo municipal, Fernando Haddad.

Marta Suplicy fica em Pernambuco até sábado.

Foto: Marília Banholzer/BlogImagem.

Com discurso ácido contra o governo federal, Beto Albuquerque está confiante na filiação de Marta. “O PSB surgiu como opção entre duas bananeiras que não dão mais cachos”, disse o ex-deputado, em referência ao PSDB e o PT. “A maior crise do Brasil, neste momento, não é só fiscal e econômica, é a crise da líder do país com a falta de credibilidade.

Este é nosso grande problema, que desanima investidores, que tira o foco do mundo do nosso país, que hoje só está atraindo juros altos”, criticou o socialista, que disputou a vice-presidência do Brasil, em 2014, na chapa com Marina Silva.

LEIA MAIS: » Em festa de aniversário, Marta Suplicy comunica ingresso no PSB » Marta Suplicy pode ingressar no PSB » Sem Lula, Marta Suplicy comemora aniversário com o PSB em São Paulo » Em feira no Recife, Marta Suplicy diz que veio a Pernambuco se aproximar do PSB » Marta Suplicy diz que aprovação da PEC da Maioridade Penal é retrocesso Paulo Câmara também adotou um discurso de confiança. “Marta é muito bem-vinda e tem muito a fazer ainda pelo Brasil.

Vamos ter a honra de tê-la em nosso partido”, disse.

A senadora em Pernambuco até sábado.

Da Fenearte, Marta saiu com um chocalho dos caboclos de lança e uma muda.

Foto: Dayvison Nunes/JC Imagem.

Filiada ao PT desde 1981, Marta se desgastou dentro da legenda depois que decidiu adotar uma postura crítica ao governo da presidente Dilma Rousseff.

Em sua carta de desfiliação, Marta argumentou que o PT se distanciou dos fundamentos que levaram a legenda à fundação, não dá abertura para o diálogo e que os princípios da legenda foram “renegados” pela agremiação.

Desde que deixou o Ministério da Cultura, em novembro do ano passado, a senadora adotou postura crítica ao partido e ao governo.