Por Adriano Oliveira, especial para o Blog de Jamildo Os integrantes da Câmara dos Deputados votaram majoritariamente a favor da redução da maioridade penal.
Fizeram o mesmo em relação à extinção do fator previdenciário.
O que motivou tais escolhas?
O apoio da opinião pública, ou seja, os eleitores brasileiros apoiam, em sua maioria, a redução da maioridade penal e defendem aposentadorias “dignas”.
Portanto, as escolhas dos parlamentares tiveram o objetivo de conquistar sufragistas.
A inocência faz parte da alma humana.
Ela existe em razão da falta de informação ou da ausência de experiência de vida.
No ambiente político estão presentes políticos experientes e informados.
Políticos inexperientes e desinformados.
Políticos experientes e desinformados.
E políticos inexperientes e informados.
Os parlamentares que apoiaram a extinção do fator previdenciário e a redução da maioridade penal podem ser experientes, mas são, obrigatoriamente, desinformados.
São desinformados porque falta a eles visão de futuro.
São desinformados porque falta a eles interpretação adequada da opinião pública.
A ausência de visão de futuro é observada no ato em que possibilitou a extinção do fator previdenciário.
A mídia oferta notícias sobre a Grécia.
Este país sofre de grave crise fiscal, a qual é ocasionada, dentre diversos fatores, pela existência de aposentadorias precoces.
A redução da maioridade penal possibilita intensos debates que devem promover o esclarecimento do tema.
Porém, os parlamentares quando vão à Tribuna agem com o objetivo de obscurecer a discussão.
Nenhum parlamentar, por exemplo, recheou a defesa ou a condenação da redução da maioridade penal com dados estatísticos e com relações de causalidade.
Os parlamentares agem guiados pela inocência que a ânsia de conquistar o eleitor provoca.
O raciocínio para boa parte deles é que os brasileiros, majoritariamente, desejam aposentadorias “dignas”, por consequência, o fator previdenciário deve ser extinto.
Não sabem eles que em breve futuro a ausência do fator previdenciário poderá reduzir o valor das aposentadorias e a capacidade de investimento público do estado.
Portanto, eles serão responsabilizados eleitoralmente por tais consequências.
Os parlamentares, alguns candidatos a prefeito, partem da premissa falsa de que o aprisionamento de jovens proporcionará votos.
Os parlamentares creem que o eleitor é um sujeito simples.
Os sufragistas são entidades complexas que possuem raciocínios e opiniões contraditórias.
Os eleitores, majoritariamente, não confiam e nem admiram políticos.
Político informado busca conquistar a admiração e a confiança dos sufragistas através do gerenciamento estratégico da sua carreira política.