Alepe ganhou Portal da Transparência.
Foto: JC/Imagem No último dia antes de entrarem no recesso parlamentar, os deputados da bancada de oposição na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) fizeram uma breve avaliação das ações realizadas no primeiro semestre.
Com a Casa praticamente sem oposição nos últimos oito anos, a bancada destacou o “ressurgimento” do contraditório e a ampliação do diálogo com a sociedade civil. “Isto fortalece o Poder Legislativo”, afirmou o líder da oposição, deputado Silvio Costa Filho (PTB).
Para o deputado, os temas apresentados pela oposição tiveram o propósito de apresentar “o Pernambuco de verdade sem as propagandas oficiais”. “Nosso papel é mostrar que, após oito anos e meio de gestão do PSB, Pernambuco passa hoje por um quadro de dificuldades, com os problemas se acentuando. É preciso uma agenda propositiva para o Estado”, defendeu o líder da oposição.
O parlamentar cita questões que, na sua avaliação, precisam ter respostas mais firmes e objetivas da gestão estadual.
Silvio apontou a falta de perspectivas de aumento do funcionalismo público. “Pernambuco atingiu o limite prudencial de 47% com gastos de pessoal e ainda não apresentou ao funcionalismo como irá sair desse índice, para negociar os reajustes salariais.
Há um déficit de diálogo com a categoria”, aponta.
Vice-líder da oposição, a deputada estadual Teresa Leitão (PT) lembra que o Governo do Estado tem mostrado total inabilidade no trato com as reivindicações das mais diversas categorias do Estado, a exemplo dos professores e da polícia civil. “Nestes seis primeiros meses de gestão Paulo Câmara, professores e alunos foram vítimas de um acúmulo de erros na área da educação.
Foi decepcionante ver que um governo que prometeu em quatro anos dobrar o salário dos trabalhadores em educação, não atendeu sequer ao Piso Salarial Nacional dos Professores e, na primeira rodada de negociações, já partiu para punições como o afastamento dos profissionais das Escolas de Referência”, exemplifica Teresa.
A piora na prestação de serviços na saúde pública de Pernambuco, com UPAs funcionando precariamente, unidades que sequer foram inauguradas e rede de hospitais com falta de especialistas, são outros problemas que, segundo Álvaro Porto, foram tratados com seriedade pela oposição, que procurou o diálogo tanto com a Secretaria de Saúde quanto com entidades médicas e órgãos como o Ministério Público de Pernambuco (MPPE).
Silvio Costa Filho adianta que durante o recesso a Bancada da Oposição continuará a atuar, fazendo um balanço do trabalho realizado até o momento, “até para voltar a formular questionamentos que ficaram sem resposta”, e realizando uma nova agenda de visitas e cobranças à gestão estadual.