Foto: Lula Marques/Agência PT Por Giovanni Sandes, da coluna Pinga-fogo do Jornal do Commercio A Lava Jato invadiu o Palácio do Planalto.

Não só porque a Revista Veja deste final de semana traz uma lista de nomes que teriam recebido doações do dono da UTC, Ricardo Pessoa, com direito a ministros da presidente Dilma Rousseff (PT).

Se só um pedaço da lista publicada pela Veja for verdadeira, de fato, o problema vai ganhar dimensões bem maiores.

Mas aqui o foco está na própria movimentação no Planalto, diante do vazamento de trechos da delação do empresário, já na sexta-feira.

Isso sim mostrou como a tensão atingiu o ápice, com a convocação imediata de ministros da primeira linha para um “plantão” em Brasília.

No mínimo se pode falar: a Lava Jato entrou no Planalto, sentou no sofá e todo mundo agora está só esperando o que ela vai dizer.

LEIA MAIS: » Ministros negam recebimento de doações ilegais de campanha » Dilma convoca reunião após delator citar repasses para ministros e PT » Após delação de empreiteiro, oposição volta a falar em impeachment Assim, o que deixa Dilma e os partidos da base do governo de cabelo em pé é que ninguém pode dizer com exatidão onde esse escândalo que já envolveu tanta gente vai parar.

Da Procuradoria da República no Paraná vem a informação de que a investigação da Lava Jato só está em 25% de todo o caminho a ser percorrido.

Certo, o que significa isso?

Significa dizer que ainda há um longo e torturante avanço da operação pela frente, com uma força politicamente destrutiva que não pode ser sequer mensurada neste momento.

Dilma se preocupa com o seu governo.

O ex-presidente Lula pensa em seu projeto para 2018.

Mas nesse meio, muita gente anda pessimista mesmo é com o que pode acontecer nas eleições municipais de 2016.

Até quando a investigação vai se desdobrar?

Quantos nomes vão surgir?

E partidos?

A oposição ao PT, por outro lado, só tem a festejar.

E mesmo com uma disputa interna no PSDB para ver quem será o nome tucano lá na frente, o senador Aécio Neves começou a andar o País.

Mês quem vem ele visita a região Sul e em agosto virá ao Nordeste.

Não importa se o candidato será Aécio ou o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin: os tucanos também olham para 2016.