Do JC Online Por Mariana Araújo Após o prefeito Geraldo Julio pedir empenho aos seus secretários nos cortes de despesas, em reunião realizada na última sexta-feira (19), um levantamento feito pelo Jornal do Commercio a partir de dados do Portal da Transparência revelou que a parte das pastas aumentou suas despesas, comparando o período entre janeiro e maio de 2015 e 2015.
Em algumas, o valor ultrapassa o dobro da despesa paga no ano passado, como é o caso das secretarias de Habitação (+ 115,1%) e Qualificação Profissional e Juventude (+ 130%).
Outras pastas e órgãos que ampliaram suas receitas foram o Iasc (+ 17,8%) e Educação (+ 19,4%) e outras que permaneceram praticamente estáveis, como a Fundação de Cultura (+ 2,4%), CTTU (+ 1,6%).
Entre as que tiveram as despesas reduzidas, estão a URB (- 26%), Emlurb (- 11,3%) e a Secretaria de Saúde (- 46%).
O comparativo dos valores pagos entre janeiro e maio do ano passado e deste ano estão detalhados na arte ao lado.
O secretário de Planejamento e Gestão, Alexandre Rebêlo, explicou que o aumento ou redução de despesas não está diretamente ligado ao ano de crise e cortes de recursos federais que a Prefeitura enfrenta. “Tem contratos que estavam sendo pagos no início do ano passado e este ano, não.
Ou vice-versa. É o caso da Via mangue, por exemplo, que retomou obras, e do Hospital da Mulher.
Na secretaria de Juventude, houve compra de equipamentos.
Aí dá a diferença de despesa”, explicou.
Rebêlo explicou a queda de despesas em algumas áreas como a Emlurb, que ano passado teve um investimento maior em iluminação pública.
No caso da Saúde, houve uma mudança contábil e parte da receita e dos pagamentos foram transferidos para o Fundo Municipal de Saúde.
Até o final da semana, a Controladoria do Município montará uma agenda com as secretarias para analisar os contratos de cada pasta.
Em julho, serão realizadas as reuniões para rever os acordos.
A análise será detalhada, avaliando item a item cada contrato.
No final de julho, será possível ter um diagnóstico de todas as secretarias e órgãos para, então, calcular quanto poderá ser economizado. “É um esforço para manter o padrão de investimentos na casa dos R$ 400 milhões”, disse Rebêlo.
O valor é o mesmo do ano passado.