Da Folhapress Em depoimentos à Polícia Federal, quatro presos na nova fase da Operação Lava Jato, ligados às empreiteiras Odebrecht e Andrade Gutierrez, de acordo com a investigação, negaram participação no esquema de corrupção na Petrobras.

Detidos na última sexta (19), os quatro são presos temporários - ou seja, ficarão presos por cinco dias, prorrogáveis por mais cinco.

O mandado vence nesta terça (23).

Outras oito pessoas também estão detidas, entre elas, os presidentes das empreiteiras Odebrecht, Marcelo Odebrecht, e Andrade Gutierrez, Otávio Azevedo.

Primeiro a ser ouvido, o empresário Flávio Lúcio Magalhães, apontado como operador da Andrade Gutierrez nas investigações, negou qualquer vínculo com a empreiteira.

O depoimento, em Curitiba, durou cerca de uma hora. “Ele jamais foi funcionário, executivo ou diretor da empresa Andrade Gutierrez”, disse o advogado Guilherme San Juan, que não quis adiantar outros tópicos do depoimento.

Seus advogados o qualificaram como “corretor de valores”, em petição à Justiça.

Segundo as investigações, porém, ele prestava serviços de consultoria a Andrade, que serviriam para ocultar o pagamento de propinas, e conhecia o doleiro Alberto Youssef.

O ex-funcionário da Andrade Gutierrez, Antonio Pedro Campello de Souza Dias, falou em seguida.

Sua defesa também não quis adiantar o teor do conteúdo, mas afirma que ele negou qualquer participação em irregularidades.

Também falaram à polícia Christina Jorge, ligada a uma empresa que seria operadora da Odebrecht no exterior, e Alexandrino de Sales Alencar, diretor de Relações Institucionais da Odebrecht Construtora.

Os dois igualmente negaram participação em irregularidades.