Daniel Coelho sobe o tom das críticas contra gestão socialista.

Foto: Edmar Melo/JC Imagem O encontro entre o prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), e o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), nessa quinta-feira (18), acirrou os ânimos do pré-candidato do PSDB no Recife, o deputado federal Daniel Coelho.

Em entrevista à Rádio Jornal nesta sexta (19), o tucano subiu o tom e não poupou críticas ao adversário, tanto no âmbito político quanto no campo da gestão municipal. “Está muito evidente nesses três últimos anos que o atual prefeito fica 24 horas fazendo política à moda antiga. É a coisa do toma lá da cá.

Negociar cargos, espaços, tentar criar factóides e tentar fazer da política a gestão da cidade”, alfinetou o tucano, que ficou em segundo lugar na disputa municipal em 2012, e quase levou a eleição para o segundo turno. » Paulo Rubem se coloca fora da disputa pela Prefeitura do Recife: “meu nome não está colocado” Tachando a gestão socialista como “elitista”, Daniel afirmou que o prefeito esqueceu completamente as áreas mais pobres do Recife. “Houve um esquecimento muito grande das áreas periféricas”, afirmou o tucano, que voltou a criticar o processo de escolha do candidato, apadrinhado pelo ex-governador Eduardo Campos. “Hoje a gente tem uma gestão burocrática, de gabinete, e é por isso que a população fica insatisfeita”, acrescentou.

Encontro entre Alckmin e Geraldo em São Paulo gera mal-estar com correligionário tucano.

Foto: reprodução Facebook/Geraldo Julio O pré-candidato também alertou para o “inchaço na máquina pública” e comparou a gestão municipal aos ministérios de Dilma, atualmente com 39 pastas. “Você tem secretarias que gastam muito mais na folha de pagamento do que efetivamente fazendo alguma coisa.

Taí, por exemplo, a secretaria que trata da questão dos animais.

O custo (da secretaria) é de cargo comissionado, mas não tem dinheiro para execução”, observou o parlamentar.

Claramente contrariado com as posturas do prefeito, Daniel rememorou o convite que Geraldo fez a tucana Aline Mariano (PSDB), na época vereadora da bancada de oposição, para que ela ficasse à frente da Secretaria de Enfrentamento ao Crack.

A nomeação veio na mesma época em que o PSDB anunciava que iria concorrer à Prefeitura do Recife. “Paulo Câmara teve um tratamento com o PSDB respeitoso na condução tanto da campanha quanto do pós-campanha.

Já o prefeito da cidade passou por cima das instâncias partidárias tentando criar instabilidade dentro do nosso próprio partido, sem respeitar as lideranças, os deputados eleitos, o presidente estadual do partido”, censurou o tucano.