Foto: Fotos Públicas Por Raíssa Ebrahim do Jornal do Commercio.
Quem compra medicamentos regularmente sabe o trabalho que dá economizar.
O mercado de farmácias é livre para praticar preços contanto que não se ultrapasse o teto estipulado pelo governo.
A concorrência é benéfica para o cliente.
A questão é que a diversificação de redes no Grande Recife nos últimos anos trouxe uma diferença muitas vezes absurda de preços dos mesmos medicamentos nas diferentes lojas.
Consequentemente os consumidores estão sendo pressionados a bater mais perna para fechar a lista de compras, como acontece com os supermercados.
Atualmente o Grande Recife tem cerca de 1,6 mil estabelecimentos.
A saída é, além de pesquisar, barganhar, aderir aos programas de fidelidade e tentar desconto com os laboratórios.
A aposentada Maria José Soares, 80 anos, mostra a pilha de remédios que custou mais de R$ 300 e irá durar menos de três meses.
Para conseguir os melhores preços, foi preciso que a filha dela cotasse quase todas as farmácias de Casa Amarela, Zona Norte do Recife, onde a aposentada mora.
Um simples e popular paracetamol sinus, analgésico e antitérmico, foi encontrado por diversos preços: R$ 13,55, R$ 10, R$ 7,90, R$ 14,99.
Muitas redes possuem programas de fidelidade e também dão desconto para clientes cadastrados.
O percentual de abatimento pode ser ainda maior para os idosos.
Geralmente vale a pena cadastrar-se.
Mas é bom, antes de dirigir-se ao caixa, avaliar o preço final e não se deixar levar apenas pelo percentual do desconto, que pode ser atrativo à primeira vista, mas enganador, como ressalta o médico e consumidor Sérgio Maranhão. “Tenho notado que mesmo com o desconto, os preços podem ficam acima dos praticados na concorrência.” Ele conta que às vezes pesquisa preços em quatro ou cinco farmácias, já que a região onde mora, nas imediações do Rosarinho, é bem servida de estabelecimentos, o que facilita.
Outra dica para tentar economizar, e que muita gente não sabe, é tentar descontos com laboratórios mediante cadastro prévio no site da empresa.
Além disso, a barganha é sempre válida.
Algumas redes dão descontos especiais no caixa quando o cliente apresenta o preço da concorrência.
Uma outra opção é o programa Farmácia Popular, que dá desconto nos medicamentos para as doenças mais comuns, além de fraldas geriátricas e preservativos e medicamentos gratuitos para hipertensão, diabetes e asma.
O programa possui uma rede própria de Farmácias Populares e parcerias com estabelecimentos da rede privada, chamada de “Aqui tem Farmácia Popular”. É preciso apresentar CPF e receita médica ou odontológica.
Mas atenção, para não perder tempo, saiba que as redes recém-chegadas ao mercado local, a exemplo de Drogasil e São Paulo, ainda não fazem parte do programa, estão no aguardo para receber o a liberação do governo.
No endereço https://migre.me/qjS5F, é possível acessar a lista dos 112 medicamentos disponibilizados tanto na rede própria do programa Farmácia Popular quanto nas drogarias e farmácias credenciadas no Aqui Tem Farmácia Popular.
Alguns clientes cativos costumam conseguir bons descontos. Às vezes até compram em farmácias longe de casa, mas têm o privilégio de uma cotação já pronta e mais em conta.
O presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos do Estado de Pernambuco (Sincofarma-PE), Ozéas Gomes, lembra que todos os estabelecimentos são obrigados a disponibilizar no balcão o chamado “livro de preços”, que mostra o teto que pode ser praticado.
A tabela é atualizada anualmente, em abril.
Em 2015, o aumento ficou entre 5% e 7,7%.