Foto: divulgação Em meio à celeuma em torno do projeto de lei que institui o Plano Estadual de Educação 2015-2025, a deputada estadual Teresa Leitão (PT), que é professora, defende que o texto seja aprovado sem ser marcado por gestos de intolerância.

O impasse é porque a bancada evangélica da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) quer retirar do texto qualquer referência à questão de gênero.

Em seus discursos, Teresa vem combatendo interpretações de alguns deputados que dizem que o projeto 269/2015, de autoria do Poder Executivo e que trata do Plano, é uma “porta aberta para a pedofilia”, como afirmou o deputado Adalto Santos (PSB).

O principal conflito entre as bancadas é sobre a meta que fala em “ampliar e garantir políticas e projetos de formação inicial e continuada dos profissionais de educação sobre gênero, diversidade e orientação sexual para a promoção da saúde e dos direitos sociais e reprodutivos de jovens e adolescentes e prevenção de doenças”.

Para Teresa, há um obscurantismo intelectual muito grande e ma certa desonestidade intelectual, ao dizer que o plano vai propiciar atividades de pedofilia na escola. “Temos que contemplar na prática pedagógica todas as dimensões dos nossos estudantes.

Você recebe na escola alunos com orientações sexuais diversas e você vai excluí-los?

Vai continuar dizendo nas escolas que a Aids se contagia pelo uso do mesmo copo?

Isso ainda existe!

Podemos superar isso com o processo de formação dos professores”, defendeu Teresa.

Teresa explicou, também, que o Plano Estadual de Educação chega na Alepe com pareceres favoráveis do Conselho Estadual de Educação e do Fórum Estadual de Educação. “É um plano que chega na Assembleia Legislativa com uma carga grande de legitimidade, porque ele foi construído em conferencias estaduais e municipais e na conferência nacional de educação.

Além disso, é um plano que reconhece a escola no seu papel social, no seu diálogo com a sociedade, reconhece o aluno como sujeito de direitos e a valorização dos profissionais de educação, como pontos estratégicos.

Esse plano vai ser indutor da construção e regulamentação do Sistema Nacional de Educação e será monitorado a cada três anos”, explica Teresa.