Geraldo Julio em entrevista à Rádio Jornal.
Foto: Cássio Oliveira/BlogImagem Partidos da base governista e da oposição iniciaram as articulações para ganhar fôlego na disputa eleitoral para Prefeitura do Recife em 2016.
PT, PSDB, PTB, PDT e até o nanico PMN dão declarações públicas de que devem lançar candidatos para brigar pela gestão da capital pernambucana.
Apesar da movimentação dos opositores, o prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), prefere desconversar sobre a eleição do próximo ano em público, embora se organize - nos bastidores - com lideranças de partidos da base para fortalecer sua reeleição.
Em entrevista à Rádio Jornal, nesta terça (16), o socialista tergiversou ao ser questionado sobre a sucessão. “O meu foco é no governo, quero ver as coisas acontecerem.
A gente sabe que o País está em dificuldade, mas a gente quer construir um momento diferente aqui no Recife”, disse o socialista.
Mas, na política, em alguns momentos, vale a máxima de que os gestos dizem mais do que palavras.
Em fevereiro, Geraldo abrigou a tucana Aline Mariano (PSDB), na época vereadora da bancada de oposição, na Secretaria de Enfrentamento ao Crack.
A nomeação veio na mesma época em que o PSDB anunciava que iria concorrer à Prefeitura do Recife mesmo Aline ingressando na gestão.
Sinal de que, internamente, o prefeito se articula para enfraquecer a oposição.
Em 2012, nas eleições municipais, o tucano Daniel Coelho surpreendeu nas urnas e desbancou o candidato do PT, na época Humberto Costa, e quase levou a disputa para o segundo turno.
A vinda do presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, na semana passada também esquentou o cenário ao lançar o nome de Paulo Rubem para a prefeitura do Recife. “Quero dedicar meu tempo ao povo do Recife, se outros partidos querem fazer esse debate sobre eleição eles podem fazer.
Nós vamos fazer esse debate no tempo certo que é em 2016 nas proximidades das convenções, pra que a gente possa colocar cada assunto ao seu tempo”, pontuou o prefeito.