O deputado estadual, Miguel Coelho, presidente da Comissão de Agricultura, Pecuária e Política Rural, enviou uma nota ao Blog rebatendo o artigo do presidente do Conselho de Desenvolvimento Rural Sustentável de Pernambuco (CDRS), Edésio Medeiros.

No texto, o representante do Conselho critica a mudança da nome da comissão e o acréscimo do termo agronegócio.

Para ele, o gesto mostra o total desprezo a agricultura familiar, que resiste ano após ano, seja pela capacidade de resiliência dos agricultores e das agricultoras familiares frente às severas secas, ou seja, pela omissão dos poderes Executivo e Legislativo.

Em resposta à crítica, Miguel Coelho esclareceu que a intenção é aumentar as atribuições da comissão e, principalmente, fortalecer o debate entre todos os segmentos públicos e privados que constroem o agronegócio de nosso estado.

A proposta deixa claro que nenhuma atribuição existente na legislação será retirada da comissão e a agricultura familiar continuará com espaço prioritário em nossa agenda.

LEIA A ÍNTEGRA DA RESPOSTA DO DEPUTADO: Nesta terça-feira (16), a Comissão de Agricultura, Pecuária e Política Rural reuniu representantes do Governo do Estado, do Ministério da Agricultura e de entidades ligadas aos trabalhadores do campo para discutir ações para o fortalecimento da agricultura familiar.

Foi a oportunidade para ouvir as principais autoridades que cuidam deste tema e dar sugestões que possam fomentar uma atividade que envolve diretamente cerca de 275 mil estabelecimentos em Pernambuco.

Esta foi somente uma das várias atividades que a Comissão de Agricultura pretende realizar no biênio 2015/2016 para debater a situação dos agricultores familiares e cobrar das instituições públicas prioridade para esta parcela significativa da população.

Hoje, contudo, lemos no Blog de Jamildo um posicionamento crítico do presidente do Conselho de Desenvolvimento Rural Sustentável de Pernambuco (CDRS), Edésio Medeiros, sobre os rumos da Comissão de Agricultura.

Queremos assegurar que este colegiado em nenhum momento pensou em se omitir no papel de ser a voz da população, em especial, do trabalhador do campo na Casa de Joaquim Nabuco.

Foi assim foi hoje, bem como quando realizamos, recentemente, audiências públicas no Recife, Dormentes, Petrolina, Petrolândia e Floresta para tratar sobre o drama da seca que castiga nosso povo.

A preocupação desta comissão com o homem e a mulher do campo tem sido diária e algumas vezes até recebemos reclamações veladas porque tem se falado muito no plenário sobre água, crise hídrica ou seca.

Mas isso não impedirá nossa luta para defender o trabalhador rural num momento tão duro e na cobrança de medidas efetivas do Governo Federal ou Estadual, como ocorreu na visita de ontem do ministro da Integração Nacional à Alepe.

Especificamente, sobre a alteração do nome da comissão, queremos tranquilizar o CDRS.

A intenção é aumentar as atribuições da comissão e, principalmente, fortalecer o debate entre todos os segmentos públicos e privados que constroem o agronegócio de nosso estado.

A proposta deixa claro que nenhuma atribuição existente na legislação será retirada da comissão e a agricultura familiar continuará com espaço prioritário em nossa agenda.

Por fim, queremos aqui deixar nosso convite ao presidente do CDRS para dar sua contribuição nas reuniões de nossa comissão.

Sempre estaremos abertos à participação das entidades que lutam pelos trabalhadores rurais e manteremos nosso compromisso diário de garantir voz ao homem do campo no poder legislativo.

Miguel Coelho Presidente da Comissão de Agricultura, Pecuária e Política Rural