Foto: Ivaldo Régis/Alepe Eximindo o Governo Federal da culpa pelos atrasos nas obras da Transposição do Rio São Francisco, o ministro da Integração, Gilberto Occhi, atribuiu às empresas a responsabilidade pela lentidão na execução da obra.
De acordo com o auxiliar de Dilma, a delonga se deve mais à complexidade para executar o projeto do que a questões financeiras.
Em audiência na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) nesta segunda-feira (15), o titular da pasta explicou que este ano mais de R$ 800 milhões já foram repassados até junho.
A previsão é liberar R$ 1,6 bilhão em 2015. “Nós estamos trabalhando para que até o fim do ano que vem, ou início de 2017, consigamos finalizar as obras da transposição do Rio São Francisco - tanto do Eixo Norte quanto do Eixo Leste.
Mas, gostaríamos de dizer que ela não depende, exclusivamente, do governo federal. É muito mais uma questão de execução da obra e da velocidade das empresas”, explicou Occhi.
De acordo com o ministro, 76% do Eixo Norte foram finalizados.
O Eixo leste está com 74% concluído.
Obras de transposição em Salgueiro.
Foto: Diego Nigro/JC Imagem A audiência desta segunda foi organizada pelos deputados Rodrigo Novaes (PSD), Miguel Coelho (PSB) e Claudiano Martins (PSDB), que estão à frente do movimento União pelo Nordeste.
Para Miguel Coelho (PSB), a visita foi positiva por causa do esclarecimentos de alguns pontos sobre a obra. “O saldo da reunião foi positivo porque o ministro nos garantiu que, mesmo sendo num volume menor, os investimentos em nosso estado continuarão chegando.
Além disso, tivemos a notícia do ramal do Agreste e de que parte dos 140 quilômetros de canais da transposição serão liberados a curto prazo”, comentou o socialista.
Segundo matéria publicada no Jornal do Commercio, em maio, desde que o escândalo do petrolão estourou, devido às investigações da Operação Lava Jato, o número de funcionários na obra diminuiu, atrasando ainda mais as intervenções previstas para 2016.
Orçada em R$ 8,2 bilhões, a transposição já consumiu R$ 6,24 bilhões.
A obra conta atualmente com 9.193 funcionários, segundo o Ministério da Integração Nacional.
A previsão era que o projeto fosse entregue em 2010.