A Justiça Federal em Pernambuco determinou, nesta quinta-feira (11), o afastamento de seis funcionários suspeitos de participar de um esquema de desvio de recursos, da prefeitura de Araripina.

Os desvios estão estimados em R$ 8 milhões, que foram transferidos pelo MEC para a construção de creches e escolas entre os anos de 2011 e 2013.

Entre os afastados estão dois parentes do atual prefeito Alexandre Arraes (PSB), o seu irmão Ricardo Arraes, assessor do gabinete, e a cunhada Cybelle Arraes, secretária de educação.

Os outros são Rosa Suleyman e Sandra Mara Bihum, assessoras jurídicas da Prefeitura, a ex-secretária de finanças Ana Maria e o funcionário administrativo César Gondim.

Araripina teve um prefeito afastado em 2011, Lula Sampaio, também acusado de improbidade administrativa.

O prefeito atual, que assumiu como vice e foi reeleito em 2012 não chegou a ter seu nome citado pelos órgãos de investigação e nem foi ouvido.

Ao conceder entrevista, o chefe da Controladoria-Geral da União (CGU), Victor de Souza Leão, afirmou que o afastamento dos funcionários tem o objetivo de evitar interferência na investigação que está a cargo da Polícia Federal e da CGU.

Batizada de Operação Paradise a investigação de desvios de recursos públicos em Araripina teve início no dia 7 de maio quando a PF e CGU, de forma conjunta, ouviram 14 funcionários da Prefeitura e recolheram, no prédio sede, computadores e materiais de arquivo.

Após os depoimentos os funcionários foram liberados e as investigações devem continuar.