Foto: Fernando da Hora/JC Imagem No Recife, o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Aldo Rebelo, disse que os estádios no País dão prejuízo porque o futebol é desorganizado.
Aldo, que já foi ministro dos Esportes, respondeu às denúncias feitas pela Folha de S.
Paulo publicada nesta sexta-feira (12), e diz que um ano após a Copa do Mundo, realizada no Brasil, oito dos 12 estádios deram prejuízos milionários.
Passado exatamente um ano da abertura da Copa do Mundo no Brasil, os estádios, anunciados como o principal legado esportivo para o país, se tornaram uma dor de cabeça para clubes, governos e concessionárias.
Oito dos 12 estádios construídos ou reformados para o Mundial, incluindo a Arena Pernambuco, são deficitários.
Segundo a matéria, os estádios acumularam em 2014 um prejuízo superior a R$ 126 milhões.
O ministro, que veio a Recife para celebrar a posse da deputada federal Luciana Santos como presidente nacional do Partido Comunista do Brasil (PCdoB), disse que o problema dos estádios está na organização do futebol. “Não é um problema dos estádios da copa, é um problema do futebol brasileiro, ou seja, temos um futebol que não tem a capacidade, organização e o profissionalismo das ligas europeias”, disse Aldo em entrevista à Rádio Jornal.
Aldo Rebelo aproveita a passagem por Pernambuco, também, para se reunir com o prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), e com o governador Paulo Câmara (PSB) no intuito de construir políticas específicas para a região Nordeste.
Sem um programa de investimentos pré-definido, o comunista faz a visita para ouvir as necessidades locais e acompanhar os laboratórios de desenvolvimento de inovações tecnológicas.
Ao ser questionado se o Brasil está passando por uma crise, o ministro desconversou e disse que o País vive uma fase de ajustes e que a nova fase do Programa de Investimento em Logística (PIL 2) do governo federal, com investimentos previstos de R$ 198,4 bilhões nos próximos anos, vai ajudar o País.
LEIA MAIS: » Arco, BR-232 e terminais do Porto de Suape estão no plano de privatizações “Estamos num processo de ajustes e esse processo não é desejado, ninguém festeja, celebra ou comemora ajustes.
Acho que esse momento vai passar porque o Brasil não vai ficar para eternamente em ajustes, além de não haver fronteira agrícola e mineral que se iguale a nossa”, ressaltou. “O esporte é um assunto das ruas, de mesa de bar.
Já tecnologia é um tema para acadêmicos, pesquisadores – não se aproxima tanto da maior parte da população”, avalia Aldo ao ser questionado sobre as diferenças entre comandar o ministério dos Esportes e de Tecnologia.
Rebelo ainda destacou os investimentos que o governo federal vem fazendo para o desenvolvimento do setor no Estado. “O ministério já colocou R$ 46 milhões investidos no Parque Tecnológico do Porto Digital, que representa empregos de ponta e gera tributos também de ponta”, afirma o ministro.