Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem Observando o cenário da crise econômica do País tanto do ângulo nacional quanto do estadual, o ministro Armando Monteiro Neto (PTB) fez críticas à condução dada pelo governo de Pernambuco na política econômica.
O ministro apontou um “desajuste fiscal” na gestão socialista e pontuou que a situação no Estado é reflexo da ampliação do custeio com a máquina. “O governo federal no debate sucessório não apresentava o quadro fiscal da maneira, vamos dizer, mais realista, e no plano estadual o debate também foi marcado por uma série de coisas que eram, no mínimo, improcedentes.
Pernambuco tinha um desajuste fiscal.
Estávamos tomando financiamento para custeio e não investimentos.
Então, a poupança corrente do Estado, a parte de recursos próprios, ficou muito pequena”, afirmou o ministro, que saiu derrotado na disputa pelo governo do Estado, ano passado. “Muitas obras foram inauguradas e fizemos vários investimentos em várias direções, mas o problema é porque aumentamos muito os custeios”, acrescentou o interlocutor de Dilma.
O sufoco enfrentando pela gestão estadual para cumprir a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) também entrou na rota de Armando, que citou as promessas - ainda não cumpridas - feitas por Paulo Câmara durante a campanha eleitoral, mesmo sabendo das dificuldades para cumpri-las. “Os processos eleitorais são sempre marcados, infelizmente, por essa característica que nem sempre o quadro real é indicado.
Aqui tivemos promessas de aumento salarial, de dobrar salários, mas passou o processo e agora o Brasil e o Estado de Pernambuco precisam encarar essa realidade e trabalharmos juntos para corrigir os problemas”, pontuou o ministro.
Quanto ao Plano de Contingenciamento de Gastos (PCG) executado pelo governador Paulo Câmara para enxugar as despesas, Armando afirmou que ainda não viu os cortes, mas listou novas críticas, como o atraso nos pagamentos de obras que dependem da contrapartida estadual.