Foto: Zeca Ribeiro / Câmara dos Deputados Da Folhapress Na retomada da votação de pontos da reforma política, a Câmara dos Deputados aprovou nesta quinta-feira (11), com ampla maioria, a redução da idade mínima para quem quiser se candidatar a deputado federal, estadual ou distrital de 21 anos para 18 anos.

A Casa também estabeleceu em 29 anos a idade mínima para candidatos a governador, vice-governador e senador.

Atualmente, o limite mínimo é de 30 anos para os dois primeiros casos e de 35 para o último.

Os deputados mantiveram a idade mínima, já prevista na Constituição, de 21 anos para candidatos a prefeito, vice-prefeito e juiz de paz e de 18 anos para quem quiser ser vereador.

Também não foi alterada a idade mínima para assumir a Presidência da República, que é de 35 anos.

Os deputados ainda analisarão nesta quinta a mudança na data de posse de presidente e governadores.

Atualmente, ela acontece sempre no dia 1º de janeiro.

Inicialmente, a proposta estabelecia que ela deveria ocorrer no primeiro dia útil do ano, mas o relator da proposta alterou seu parecer em plenário e fixou a data em 5 de janeiro.

BANCADA JOVEM - As alterações foram patrocinadas pela bancada jovem da Câmara, que acompanhou a votação de cima da Mesa Diretora da Casa.

Os deputados favoráveis as mudanças argumentaram que é preciso incentivar uma maior participação da juventude brasileira na política. “Essa é a oportunidade do governante de entrar na política.

A população que deve decidir se ele está pronto ou não”, defendeu o deputado Caio Nárcio (PSDB-MG), de 28 anos.

Já para o deputado Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR), o jovem com 18 anos ainda é muito novo para assumir um mandato parlamentar. “Com 18 anos, ele tem que estar estudando.

Lugar de criança é na escola.

Aos 21 anos, como é agora, muitos já se formaram”, afirmou.

OUTRAS MUDANÇAS - Nesta quarta (10), os deputados aprovaram emenda à Constituição que estabelece o mandato de cinco anos para todos os cargos eletivos a partir de 2022.

A proposta, que cria um confuso esquema de mandatos distintos nos próximos anos, eleva de 8 para 9 anos o mandato dos senadores eleitos em 2018 e reduz de 8 para 5 o mandato dos senadores eleitos em 2022.

A Câmara ainda manteve a obrigatoriedade do voto nas eleições.

E para evitar uma nova derrota na Câmara, o Palácio do Planalto conseguiu articular o adiamento da votação do projeto que revê a política de desoneração da folha de pagamento.