O prefeito discutiu o assunto em Brasília e pediu apoio ao governador Paulo Câmara.

Foto: Ricardo Labastier/JC Imagem O prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Elias Gomes (PSDB), propôs, nesta terça-feira (09), a criação do que ele denominou de Pacto Nacional pela Infância e Adolescência, com o objetivo de tentar barrar a aprovação da diminuição da maioridade penal que tramita no Congresso Nacional.

O prefeito levou a proposta para o governador Paulo Câmara, durante encontro com o chefe do executivo estadual, no escritório do Governo de Pernambuco em Brasília.

Elias pediu apoio do governador para somar forças e articular o movimento para debater as consequências da aprovação da redução da maioridade. “Esse é um assunto polêmico da maior gravidade que está na agenda conservadora do presidente da Câmara, Eduardo Cunha e precisa ser discutido com a sociedade”, disse.

O prefeito mostrou números que, segundo ele, comprovam que há uma cortina de fumaça que confunde a opinião pública em relação ao assunto. “Os números apontam que os crimes cometidos por menores de 18 anos representam apenas 1% de homicídios no Brasil”, afirmou o prefeito.

Ao sugerir a criação do pacto, Elias admite que há uma omissão dos governos federal, estadual e municipal que não estão cumprindo o papel de prevenir e assistir os jovens em situação de vulnerabilidade.

O prefeito lembrou que a redução da maioridade pode trazer consequências irreparáveis para os jovens. “Qual seria o destino dos jovens levados para nossas cadeias que não têm as mínimas condições de receber esses infratores ?

Com certeza, saíram de lá com um nível de periculosidade ainda maior, porque seriam formados na escola do crime”, explicou o prefeito.

Elias classificou como positiva a conversa com o governador Paulo Câmara em relação à criação do pacto.

Nos próximos dias, os dois devem articular um ato contra a redução da maioridade. “Além do governador, conversei também com o prefeito do Recife, Geraldo Júlio que apoia a ideia.

Vamos nos antecipar a votação da lei para mobilizar a sociedade”,concluiu Elias.