Da Folhapress Em entrevista ao jornal belga “Le Soir”, publicada nesta segunda (8), a presidente Dilma Rousseff defendeu o freio de arrumação que seu governo está promovendo nas contas públicas e rechaçou a teoria de que sua equipe econômica está usando uma cartilha conservadora para organizar as finanças. “Tivemos que fazer esse ajuste, que não é nem de direita, nem de esquerda, nem de centro”, afirmou.

A presidente disse ainda que o ajuste fiscal “não é uma escolha”. “O ajuste é essencial.

Não é algo que você pode ou não fazer: não há alternativa senão fazê-lo.

E para isso é preciso coragem”, concluiu.

As recentes medidas econômicas têm sido alvo de críticas, inclusive do PT, partido de Dilma.

Recentemente, parlamentares e militantes da sigla criticaram a agenda econômica e o ministro da Fazenda, Joaquim Levy.

A presidente saiu em defesa do subordinado em entrevista publicada nesta segunda pelo “O Estado de S.

Paulo”. À publicação, Dilma disse que Levy não deveria ser tratado como “judas”.

Ao “Le Soir”, Dilma voltou a sustentar que o ajuste “não é um fim em si mesmo” e que deve ser encarado como uma etapa para a retomada do crescimento do país.

PETROBRAS - Questionada sobre os efeitos da corrupção na Petrobras, Dilma afirmou que seu governo defende as investigações e tentou restringir os desvios a um grupo que não pertencia à sua equipe de confiança. “A Petrobras é uma empresa com 90 mil funcionários.

No entanto, apenas cinco pessoas estão envolvidas neste escândalo. (…) Essas cinco pessoas já não estavam trabalhando na Petrobras desde o final de 2011.

Não porque eram suspeitos, mas porque quando eu tomei posse, eles não faziam parte dos membros da equipe em que eu confio”, afirmou.