Hospital Miguel Arraes fecha leitos por falta de manutenção.
Foto: Hélia Scheppa/Acervo JC.
Por atraso na manutenção dos equipamentos, o Hospital Miguel Arraes (HMA), em Paulista, no Grande Recife, fechou esta semana leitos da Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
Desde que foi inaugurado, em 2009, a unidade de saúde funciona com equipamentos, como respiradores e monitores, locados pela Secretaria Estadual de Saúde a uma empresa sediada em São Paulo.
O problema é porque, desde dezembro do ano passado, a empresa não realiza a manutenção dos equipamentos.
Diante da paralisação do serviço, o hospital precisou fechar, a princípio, três dos 29 leitos da UTI.
Mas o número pode aumentar à medida que o atraso aumente.
No total, são cinco ventiladores e sete monitores parados por falta de manutenção preventiva.
Orçado em R$ 88 milhões, o Miguel Arraes contribui para desafogar as grandes emergências da capital pernambucana.
Cerca de 1,1 milhão de pessoas da área norte da Região Metropolitana e também da Zona da Mata Norte de Pernambuco são atendidas na unidade de saúde.
Em nota, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) esclarece que já notificou a empresa que realiza a manutenção dos equipamentos da UTI do Miguel Arraes e está tomando todas as providências cabíveis, na esfera legal, para que não ocorra descontinuidade no serviço prestado.
A SES também informa que, de imediato, já está realizando o remanejamento de equipamentos da rede para manter os leitos de UTI do HMA abertos e servindo à população.
O órgão promete regularizar a situação ainda nesta quinta-feira (4).
Segundo a secretaria, a assistência de terapia intensiva é uma prioridade da gestão.
Nos últimos oito anos, a oferta de UTI foi ampliada em 400%, subindo de 228 leitos (2007) para mais de mil em 2015.