O líder do Democratas na Câmara, deputado Mendonça Filho, questionou a decisão da presidente Dilma de manter o sigilo de todas as operações de crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
A quebra do sigilo nas operações do BNDES fazia parte da Medida Provisória 661, que garante crédito de até R$ 30 bilhões ao banco, aprovada na Câmara e no Senado. “O Governo Dilma e o PT querem esconder as operações envolvendo governos amigos e autoritários, como Cuba.
Por isso, não abre a caixa preta de um banco Público.
O País precisa saber como são feitas essas operações”, cobrou Mendonça Filho.
Mendonça Filho defende o fim do sigilo do BNDES, argumentando que existem diversas operações de crédito feitas pelo Banco consideradas misteriosas e sob suspeição, como o financiamento para construção do Porto de Mariel, em Cuba, que recebeu aporte de US$ 682 milhões do BNDES.
A sanção da Lei com o veto da presidente foi publicada, nesta sexta-feira (22/05), no “Diário Oficial da União”.
Favorável à quebra do sigilo do BNDES, a oposição apresentou emenda neste sentido já em 2013 na MP 63/13 e reapresentou nova emenda a MP 661. “Essa postura do Governo Dilma e do PT de vetar todas as tentativas de quebra de sigilo do BNDES é inaceitável.
Cadê a transparência tão propagada pelos petistas”, ironiza Mendonça Filho, ressaltando que o veto da presidente reforça a necessidade da CPI do BNDES.