Por Cassio Oliveira, repórter do Blog Os ex-funcionários da indústria São Mateus concederam na manhã desta quinta-feira (21) uma entrevista exclusiva para o Blog de Jamildo durante uma manifestação pacífica no Recife.

Os funcionários deixaram clara sua indignação com a administração da empresa que encerrou suas atividades em 2011, mas até agora, quase quatro anos depois, ainda não indenizou os trabalhadores.

As atividades foram encerradas em agosto de 2011 provocando a demissão de cerca de mil trabalhadores.

Muitos ainda estão desempregados e aguardam por uma resposta da Justiça para que recebam a tão aguardada indenização.

Segundo Maurício Soares, que foi supervisor de vendas na empresa, o maior problema é o descaso dos administradores com os ex-funcionários. “A diretoria da empresa não está em nenhum momento preocupada com o quadro de funcionários.

Deixaram chegar a este ponto e estamos numa situação muito difícil.

Por isso o pensamento daqui pra frente é aumentar a mobilização para que algum órgão público nos ajude a sair dessa”, disse.

Os trabalhadores esperam que a fábrica e outros bens pertencentes ao grupo São Mateus sejam leiloados para que o dinheiro arrecadado em leilão seja utilizado na quitação das dívidas da indústria com os credores.

Segundo eles, depois da morte do dono da empresa, José Régis Cavalcanti, os seus filhos passaram a se desfazer do patrimônio, vendendo caminhões e outros veículos.

O ex-vendedor Virgílio Mendes fala que a Justiça não se movimenta para resolver a questão. “O apelo que fazemos é que sejam adquiridos nossos direitos e que a justiça dê a definição do que os funcionários merecem, mas a justiça não se movimenta e nós queremos uma resposta”, afirmou.

Vírgilio ainda conta que empresa foi fechada por falta de boa administração.

O INÍCIO - A crise na São Mateus começou a dar sinais quando a empresa passou a atrasar salários.

Em julho de 2011, as incertezas tomaram corpo quando a diretoria do frigorífico demitiu 356 empregados, além de suspender a produção da indústria e deu férias coletivas aos trabalhadores.

Segundo um funcionário na época, todos os 11 vendedores da São Mateus no Recife levaram o calote da empresa, fora os profissionais de venda do Ceará, Rio Grande do Norte e Paraíba.

A fábrica tinha 1.200 funcionários.

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Será que volta?

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