O secretário de Defesa Social, Alessando Carvalho, foi bastante diplomático, mas deu o recado, em debate no programa Cidade Viva, nos estúdios da TV Jornal, no sistema SJCC. “Em 2014, as prisões com recolhimento foram 9% menos do que tivemos em 2013.

Em consequência, tivemos um aumento de 9,5% na taxa de homicídio”, observou, sem citar o governo João Lyra, com quem também trabalhou.

No mesmo ano, aconteceram as eleições estaduais e presidenciais, inclusive com direito a greve dos policiais militares. “Os motivos para a alta eu considero a redução da nossa operacionalidade.

A gente prendeu 9% a menos e apreendemos 14% menos armas, então houve uma redução na nossa operacionalidade”, disse o secretário de Defesa Social, Alessandro Carvalho, já no pós-programa.

No ar, o secretário Alessandro Carvalho disse que essa curva de criminalidade, gerada a partir de março do ano passando, quando se estabilizaram as prisões de criminosos no Estado, já ficou no passado, após correções de rumo no Pacto pela Vida. “Hoje, em maio, já temos 14% de redução dos homicídios.

Também precisamos de um tempo para voltar a reduzir, mas maio marca a inflexão desta curva", garantiu.

A questão salarial também fez parte do debate do Cidade Vida e o secretário de Defesa Social desestimulou pressões salariais. “A política salarial é para todos os servidores”, afirmou, em dado momento.

A produção do programa havia gravado antecipadamente e exibiu um vídeo com o presidente da Associação dos Delegados da Polícia Civil (Adeppe), Francisco Rodrigues.

No vídeo, Francisco Rodrigues reclama que a polícia civil de Pernambuco temo pior salário do país.

Também disse que a SDS só foca em homicídios, como se não cuidasse de roubos e furtos, além de defender autononia financeira já que a SDS não teria condições de gerir a polícia civil.

Na réplica, Carvalho usou o aumento do salário do servidor para dizer que não havia razão para desmotivação. “Em 2006, Francisco recebia R$ 5,7 mil.

Hoje, o salário dele é R$ 16 mil”, pontuou. “O pano de fundo de muitas reclamações no final buscam aumento de salário.

Mas, de 2006 até hoje, tivemos um aumento acima da inflação superior a 100%”, declarou, citando ainda a crise fiscal que o pais atravessa. “Existe uma equação da LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal) que não podemos ultrapassar, sob pena de sanções.

Se em todo País temos queda na arrecadação, há também um aumento do comprometimento da RCL (Receita Corrente Líquida) no Estado.

Todos sabem que o Orçamento é uma obra de ficção. será que se materializou?

Só com este retrato dá para dizer se tem condições de dar aumento”, afirmou, claramente.

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