No segundo bloco do programa Cidade Viva, o secretário de Defesa Civil do Estado, Alessandro Carvalho, apontou várias problemas que contribuem para o aumento da criminalidade, não apenas no Estado, mas em todo Brasil.

Ele reclamou que a União não ajuda como deveria os prefeitos a manter creches que ajudassem a afastar crianças de drogas e criminalidade. “Não é por má vontade dos prefeitos, mas eles não contam com certeza de recursos da união, recebem repasses cada vez menores.

Hoje, os pais saem para trabalhar e muitas vezes os filhos ficam com os vizinhos, que não tem como cuidar nem dos seus filhos”, observou. “A gente precisa de crianças na escola e precisa gerar emprego”, afirmou, depois de citar as 300 escolas de tempo integral montadas pelo Governo do Estado.

Em dado momento, o secretário da SDS citou até a alta carga de impostos pagos pelo brasileiro, em comparação aos benefícios prestados pelos governos, quando citou o tema da corrupção. “Há os desvios de recursos públicos no País, temos que fortalecer as polícias e o Judiciário, de modo a dar uma trava nisto e que o dinheiro desviado pudesse estar sendo aplicado no serviço prestado ao público e não desviado” O secretário de Defesa Social criticou ainda a legislação penal, que flexibilizou em 2011 a prisão provisória.

No entendimento da área de segurança, a mudança acabou impedindo a prisão de criminosos profissionais em detrimento de criminosos eventuais.

A explicação foi dada como uma justificativa para responder a afirmação de que o Pacto pela Vida cuidava apenas de homicídios e não de assaltos, por exemplo. “Eu enxergo de outra forma.

O que ocorreu foi que em 2011 ampliou-se a quantidade de atenuantes para uma prisão provisória.

Fez-se essa flexibilização sob a ótica humanística, de que nos temos carência de vagas nas prisões, deve-se passar menos tempo dentro do sistema (prisional).

O erro da legislação foi ter flexibilizado …

Hoje, as pessoas são presas, sete, nove, dez vezes, mas como não tem uma condenação transistada em julgado, elas são soltas.

Precisamos mudar a legislação penal para tratar de forma correta o criminoso profissional e o criminoso eventual”, observou.

O secretário citou como exemplo o caso do quádruplo homicídio em Poções, que vitimou três conselheiros tutelar. “Hoje, uma pessoa só é condenada depois de 10 anos.

Dos dois atiradores, um já tinha cinco prisões por homicídios e outro sete prisões por homicídios”. “Só assim o criminoso poderá estar sendo tratado como tal” No ar, o secretário também rebateu que houvesse menos policiais nas ruas. “Não temos menos polícia nas ruas não.

Temos 18% a mais de efetivo em relação ao ano de 2006”, comparou.

Alessandro Carvalho reconheceu que houve um aumento de 20% nos casos de assaltos agora em 2015, situação que lamentou, comparando que havia uma queda de 30% nos últimos oito anos.

Mais uma vez, o secretário repetiu que a situação seria revertida agora em maio. “Tivemos uma pequena curva (de crescimento da violência) em 14 meses, mas em maio deste ano já devemos ter uma redução desta curva”