Secretário de Defesa Social, Alessandro Carvalho, foi sabatinado no Cidade Viva.
Foto: Luiz Pessoa/NE10.
No terceiro bloco do programa Cidade Viva, na tarde desta quarta-feira, o secretário de Defesa Social do Estado, Alessandro Carvalho, informou que o governo de Pernambuco estuda a possibilidade de contratar eventualmente uma consultoria externa para que haja um olhar afastado do Pacto pela Vida.
O titular da pasta frisou que não há nada fechado em relação a isto.
O terceiro bloco começou propondo o tema novo rumos para o programa de combate à violência, lançado ainda por Eduardo Campos (2006-2014).
O Cidade Vida é um programa do SJCC.
Ao comentar o futuro do programa, o secretário foi sarcástico, ao citar uma reunião recente com o governo Federal, em Brasília, no dia 13 de maio, com toda a cúpula do setor de segurança dos Estados e União.
Ele revelou que o governo Federal estuda um pacto nacional de redução de homicídios. “O que vimos?
O que se vê aqui! É o Pacto pela Vida de Pernambuco”, afirmou.
LEIA MAIS: » SDS aponta menos prisões em 2014 como espiral para retomada da criminalidade » Secretário diz que desemprego e expansão da droga no Brasil estimulam violência » Secretário pede mais recursos federais e diz que dinheiro desviado para corrupção poderiam estar financiando segurança pública No mesmo bloco, a pesquisadora da Fundaj, Ronidalva Melo, defendeu a avaliação externa do pacto. “Precisamos ver o que avançou e o que se deixou de lado”, afirmou. “A sociedade precisa trabalhar junto com o pacto, é um soldado a mais, tem um papel a desempenhar”, disse.
Segurança pública é alvo do debate do Cidade Viva.
Foto: Luiz Pessoa/NE10.
A pesquisadora passou um bom tempo dizendo que a SDS focava apenas nos casos de homicídios e que devia cuidar também de roubos, além de melhorar “a ambiência” da sociedade.
Diplomático, Carvalho rebateu. “Prisão não é solução.
Solução é geração de emprego e educação.
Agora vamos continuar prendendo as pessoas que cometerem crime”.
No mesmo bloco, o secretário Alessandro Carvalho respondeu o gracejo de que o Pacto pela Vida estaria no divã. “Não uso o termo divã.
Não tem problema psicológico algum.
As reavaliações são permanentes.
Nós estamos abertos ao diálogo.
Segurança se faz com a ajuda de todos”, afirmou, sem citar, entretanto, a oposição os sindicatos de policiais.
No ar, o auxiliar de Paulo Câmara também negou que haja um sentimento de insegurança na maioria da população, mesmo com o avanço do compartilhamento das informações pelas redes sociais. “Não vejo desta forma.
Pernambuco é o único Estado que teve redução de homicídios de 2002 até 2012, em 32%”.
No programa, ele citou ainda que a Bahia teve um crescimento de 347% dos homicídios e Sergipe 80%.
Ele reafirmou que houve uma curva de crescimento dos homicídios, iniciada em março do ano passado, mas que essa curva seria revertida agora em maio deste ano. “As prisões se estabilizaram em março do ano passado.
Então houve um crescimento contínuo dos roubos e homicídios”, contextualizou.