Na Folhapress O PT informou que irá ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) contra o programa nacional do PSDB, que foi ao ar na noite desta terça-feira (19).

Em nota, atacou o que chamou de “campanha suja, odiosa e reacionária dos tucanos e seus sequazes”.

O presidente nacional do Partido dos Trabalhadores afirma, na nota, que o PSDB usa de “jogo de mentiras e falsidades” e que, enquanto esteve no poder, “escondeu a própria corrupção debaixo do tapete”.

No vídeo tucano, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso ataca a gestão petista na Petrobras e diz que “nunca antes na história desse país se errou tanto e se roubou tanto em nome de uma causa”. “O PSDB usa o programa para ocultar seus inúmeros malfeitos e ilicitudes.

Não bastassem os escândalos do mensalão mineiro, do bilionário cartel do trensalão do governo de São Paulo, da denunciada propina de R$ 10 milhões para um ex-presidente do partido, os tucanos tentam desviar a atenção de sua mazela mais recente: a do governador que, acusado de receber propina, massacra os professores e aterroriza a população”, afirma Falcão, em alusão ao governador do Paraná, Beto Richa.

O auditor da Receita estadual Luiz Antônio de Souza, preso em Londrina (PR), afirmou em depoimento ao Ministério Público que a campanha de reeleição de Richa recebeu parte da propina de dinheiro desviado dos cofres públicos do Paraná.

Segundo o auditor, cerca de R$ 2 milhões foram repassados à campanha; o PSDB do Paraná nega.

Falcão também ataca o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), derrotado na campanha presidencial, dizendo que ele tem “indignação postiça e pureza inconvincente”.

Aécio usou o programa de seu partido para cobrar publicamente a investigação das responsabilidades de Dilma no escândalo de corrupção da Petrobras. “O Brasil precisa saber definitivamente quem roubou, quem mandou roubar e quem, sabendo de tudo, se calou ou nada fez para impedir”, disse o tucano na TV.

O presidente do PT rebateu. “O PT não vai deixar que eles transformem a calúnia em verdade.

Nem vai permitir que eles tentem nos cobrir com a lama de sua própria hipocrisia”, diz o petista.

ATAQUES O escândalo na estatal foi um dos temas mais explorados no filme e integra as falas de FHC e do presidente nacional do partido, senador Aécio Neves (PSDB-MG), que disputou a última eleição presidencial e foi derrotado pela presidente Dilma Rousseff.

FHC diz que é preciso “passar a limpo” o que houve na empresa e que os desmandos começaram antes do governo Dilma, com a chegada do ex-presidente Lula ao poder.

Aécio também aborda os problemas na estatal e diz, de maneira velada, que há um risco para o país com a manutenção do PT no poder. “Se a corrupção ganhar, ela vai voltar cada vez pior, cada vez mais forte. É hora de fazer o que é certo”, diz o tucano no filme.

Numa fala contra o discurso de petistas de que expressa o desejo de golpistas ao criticar a presidente Dilma, Aécio reafirma que seu partido respeita o resultado das eleições, mas ressalta que o povo escolheu um governo, mas também elegeu uma oposição. “Para nós, palavra empenhada numa eleição é para ser honrada”, encerra o senador.

O programa também evidencia a tese da oposição de que Dilma enganou o povo para se reeleger, relembrando promessas feitas por ela durante a última eleição.

Falas da presidente sobre o controle da inflação, o reajuste nas contas de energia e a promessa de não arrochar salários nem cortar direitos dos trabalhadores são destacadas.

Desde o início do mandato, Dilma iniciou um ajuste fiscal e mudou as regras para a concessão do seguro-desemprego, por exemplo, endurecendo as normas para acesso ao benefício.

Um locutor ressalta que todo mundo aprende ainda criança que “mentir é feio” e que, quando é a presidente quem mente, o caso é “mais grave”.

A propaganda é permeada por lemas que defendem a atuação da oposição. “Ser oposição não é dizer não a tudo. É ser a favor do país”, diz o principal deles.

Além de Aécio e FHC, os líderes do PSDB na Câmara e no Senado, deputado Carlos Sampaio (SP) e senador Cássio Cunha Lima (PB) também aparecem na peça.

O líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima, rebateu o PT. “A verdade dói e, por esta razão, o PT não consegue esconder o incômodo com as verdades ditas pelo povo brasileiro (que foi, de fato, enganado e ludibriado na última eleição).

O programa do PSDB, exibido ontem em rede nacional, tão somente ecoou a voz das ruas.

E por isto mesmo doeu tanto.

O Brasil não suporta mais tanta dissimulação por parte do PT.

Por que, na nota que assinou, o presidente do PT, Rui Falcão, não se lembrou do seu companheiro João Vaccari Neto, para citar apenas um dos tesoureiros presos?

Chega!

Basta!

Este é o verdadeiro clamor do povo brasileiro.

Para dor e desespero do PT.