No discurso que fez ao participar da cerimônia da viagem inaugural do navio petroleiro André Rebouças, o quinto produzido pelo Estaleiro Atlântico Sul, em Ipojuca, em Pernambuco, a presidente Dilma pregou o otimismo e falou da estatal Petrobras, envolvida em escândalos de corrupção. “A Petrobras virou a página”, disse, em discurso, repetindo fala já feita semanas atras. “Os desafios estão em todos os caminhos e hoje podemos comemorar a festa, porque mais um desafio foi superado com os navios Marcílio dias e André Rebouças”, disse, em outro momento.
No discurso, a presidente Dilma defendeu que o modelo de partilha é a garantia de que os recursos do petróleo serão distribuídos e beneficiarão diretamente o povo brasileiro. “No meu governo, a política de partilha está mantida”, pontuou. “Só sentimos essa alegria hoje, porque a Petrobras não se deixou paralisar.
Hoje viemos deixar claro para toda a sociedade brasileira que a Petrobras sairá mais forte”, disse o presidente da Petrobras, Aldemir bendine, antes de Dilma.
O presidente destacou que, apesar da crise que a empresa passou, a prioridade é buscar eficiência e reforço na qualidade técnica.
A produção de petróleo e gás, segundo ele, cresceu 5% em 2014 e a tendência é manter o comportamento.
A produção do pré-sal em 2014 chegou a 800 mil barris diários e deve crescer 70% este ano em comparação ao ano passado.
A partir dos discursos, ficou claro que o objetivo da inauguração da embarcação seria dar uma sólida demonstração de que a indústria naval brasileira, retomada pelo ex-presidente Lula, é atualmente uma das mais importantes do planeta.
No entanto, Dilma não falou igualmente da situação da empresa Sete Brasil, em crise.
Ela é a empresa que demandava os navios para os estaleiros nacional, como o AES.
Além da cerimônia da viagem inaugural do navio petroleiro André Rebouças, a presidenta Dilma fez o batismo do sexto navio petroleiro, Marcílio Dias.
Para Bendine, a entre dos navios hoje vão permitir uma economia anual de 21 milhões de dólares com aluguéis de petroleiros. “Vamos virar a página com os olhos da economia voltados para o futuro”, disse. É a segunda vez em 15 dias que Dilma vem ao Estado.
No último dia 28, a presidenta esteve em Goiana, na Mata Norte pernambucana, para participar da inauguração da fábrica da Jeep.
O ex-presidente Lula também viajou ao Estado, no mês passado, para prestigiar o lançamento da fábrica da Itaipava, em uma palestra remunerada na cervejaria.
Havia a expectativa de que a presidente anunciasse detalhes do plano de concessões do governo Federal, mas não ocorreu.
A presidente não aceitou falar com a imprensa, depois do discurso.
No estaleiro, presidente da Petrobras prega confiança e diz que empresa sairá mais forte Quanto aos modelos de partilha, a presidente reiterou que vai manter os dois modelos de exploração - o de partilha e o de concessão. “Ambos os modelos fazem sentido.
Um quando você não sabe que tem petróleo e outro quando se sabe que tem”, explicou a presidente, acrescentando que mantém o modelo de partilha.
Sobre a política de conteúdo local, Dilma pontuou que a intenção de produzir no Brasil é a confiança de que é possível construir. “Passamos por dificuldades macroeconômicas, mas estamos nos recuperando”. “A petrobras vai transformar o Brasil em um grande exportador”.