IPOJUCA - Mais de um ano depois de pisar no Estaleiro Atlântico Sul (EAS) em Ipojuca, no Grande Recife, ao lado da ex-presidente da estatal Graça Foster, a presidente Dilma Rousseff (PT) volta ao local nesta quinta-feira (14) para lançar ao mar o navio André Rebouças e batizar o Marcílio Dias.

Os dois são do tipo Suezmax.

O governador Paulo Câmara (PSB) e o prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB) foram à Base Aérea do Recife recepcionar a presidente.

O evento marca ainda o primeiro evento público da presidente Dilma Rousseff ao lado do atual presidente da Petrobras, Aldemir Bendine, nomeado em fevereiro último.

Dilma, porém, desembarca no estaleiro em um momento de incertezas e demissões.

Foram 1.400 trabalhadores dispensados, segundo o Sindicato dos Metalúrgicos de Pernambuco, resultado dos casos de corrupção levantados na Operação na Lava Jato.

A intenção é que a visita marque a retomada da agenda positiva do governo federal e da Petrobras.

A expectativa de parlamentares ligados à presidente é que a visita seja marcada por anúncios positivos para o setor naval.

O EAS foi contratado pela Sete Brasil, que nasceu como a maior fornecedora da Petrobras ao fazer 29 encomendas em cinco estaleiros no País.

Após estar no epicentro dos escândalos, a Sete Brasil parou de pagar ao EAS.

RADIOGRAFIA - Os navios do tipo Suezmax pesam 157 mil toneladas e tem 274 metros.

O calado é de 17 metros.

A embarcação é destinada ao transporte de óleo cru e tem capacidade de carregamento na faixa de 140 mil a 175 mil toneladas.

HOMENAGENS - André Rebouças deu grandes contribuições para a construção do Brasil no século 19 e teve participação importante no movimento abolicionista, além de implementar no país técnicas inovadoras de engenharia, incluindo o uso do concreto armado.

Já Marcílio Dias, marinheiro de origem humilde, é um herói histórico da Marinha de Guerra brasileira.