Bobby Fabisak/Jc Imagem PT e PC do B estão em pé de guerra na eleição da UFPE, nesta quarta.
O clima esquentou na corrida final.
Além de ter denunciado a devolução de verbas pela UFPE para a União, nos últimos três anos, o candidato de oposição na UFPE, Edilson Fernandes, do PC do B, acusou o candidato de situação, Anísio Brasileiro, do PT, de agir com oportunismo. “Anísio não deveria participar (do show de um cantor carioca no domingo, contra o projeto Novo Recife). É oportunismo.
Tem muitos professores envolvidos, não só professores que apoiam o estelita.
O enterro da estudante é outro exemplo de oportunismo.
Foi uma atitude eleitoreira ele ir ao enterro da Camila Mirele.
Tirar proveito da morte da menina”, afirmou, em entrevista ao blog, nesta terça.
O opositor apontou ainda outra suposta contradição de Brasileiro, já esposada pelo colunista de economia do JC Fernando Castilho.
A UFPE, a exemplo de vária outras entidades, tomou parte das reuniões e redesenho do projeto urbanístico.
O pedido de um novo plano diretor era uma das cobranças dos tais “movimentos sociais”.
Apesar de aceita a sugestão e aprovada na câmara Municipal, não cessaram as críticas, demonstrando que a questão é política e não técnica.
O DU é um braço disfarçado do PSOL, que faz oposição cega ao Recife. “Anísio tem dois discursos.
Um para os estudantes e outro para as empreiteiras e para a Prefeitura do Recife.
Ele está sempre calculando como vai lucrar.
Ele participou da confecção do projeto e agora fica dos dois lados. É um oportunista” O candidato explica que não falou do tema antes porque, no primeiro turno, teve que se defender de ataques. “Vamos apresentar os problemas na UFPE e vamos vencer este segundo turno.
O que a gente busca é a união da UFPE”, afirmou.
Apesar das críticas ao concorrente, o candidato comunista também tem restrições ao projeto urbanístico. “Em relação ao projeto Novo Recife, a Universidade tem que estar a disposïção da sociedade, para atender as demandas, para ajudar do ponto de vista crítico, para não ter impacto no ecosistema.
No meu ver, o projeto vai desmantelar a cidade.
Tem que ter critérios.
Além disto, a aprovação foi rápida”, afirmou, demonstrando desinformação. “Na UFPE, o projeto foi pouco dialogado.
Não teve participação nenhuma.
Os movimentos sociais são legítimos”, disse.
O projeto Novo Recife está sendo rediscutido na PCR desde maio do ano passado, há um ano, portanto, sem contar os quatro anos da gestão João da Costa.
Nesta semana que passou, o vice-prefeito do Recife, Luciano Siqueira, do mesmo partido de Edilson, levou uma vaia de estudantes que militam no “movimento social” contrário à reurbanização da área.
Com a palavra, a campanha de Brasileiro.