Esse rapaz, transformado em guru e oráculo das redações do Recife, chamado a dar pitaco até sobre o sexo dos anjos, autoridade suprema em urbanismo, novo dogma das esquerdas festivas, não tema fama de dedicação ao emprego de filósofo, na UFRPE, mas, por sua dedicação na plataforma eleitoral chamada direitos urbanos, na internet, acabou ganhando uma colocação no gabinete do deputado estadual Edilson Silva, que vai marcando a história, não é mesmo?

O gabinete do deputado estadual informou, por meio de nota, que o professor Leonardo Cisneiros encontra-se, até aqui, como assessor voluntário, sendo vinculado profissionalmente à Universidade Federal Rural de Pernambuco.

Ele já deu entrada no pedido de cessão e aguarda o deferimento. “Nosso gabinete absorveu na condição de servidores comissionados vários quadros técnicos oriundos dos movimentos sociais.

O primeiro critério foi competência técnica para atender às demandas que assumimos nas sete comissões permanentes que participamos (presidente da Comissão de Cidadania e Direitos Humanos, titular de mais duas e suplente de outras quatro, mas com presença assídua); Apenas três desses comissionados têm vínculos diretos com o movimento Direitos Urbanos: Ana Paula Portella, Rud Rafael e Lucas Alves”, diz em nota, antes de aproveitar o espaço do blog para falar das virtudes do “mandato popular”. “Nosso mandato se orgulha muito de ter tais quadros técnicos.

Eles são peças importantes no funcionamento do gabinete e na avaliação positiva de nosso mandato junto a parcelas importantes da opinião pública.

Nosso orgulho se expressa na transparência com que sempre expomos esta condição.

Nossos assessores são protagonistas das nossas ações, algo bastante incomum na política tradicional”. “O espaço institucional de nosso mandato é autônomo e independente, assim como o é o espaço dos movimentos sociais.

A coincidência de pautas e a mútua solidariedade nas causas e ações são naturais na democracia, assim como são também as pontuais discordâncias.

Em tempos de ativismo autoral, querer transformar o conjunto das ações em atos homogêneos, comandados a partir de um único ponto, é um erro”.

Certo deve ser fazer bagunça na porta da casa do prefeito, como instrumento de luta política.

Ou invadir área privada para usar como palanque político.

De acordo com o deputado, a presença no gabinete de integrantes dos Direitos Urbanos não é nenhuma novidade.

Antes de ser decidida, foi devidamente debatida e, depois, tornada pública nas redes sociais em dezembro de 2014. “Basta olhar o Facebook”.

Como me disse uma jovem no Peru, em meio ao deserto do Atacama, a verdade está no facebook.