Vista da proa do navio Henrique Dias, no pátio externo do AES, no estaleiro Atlântico Sul no Complexo Industrial Portuário de Suape no Cabo de Santo Agostinho.
Foto: Foto: Edmar Melo/JC Imagem.
Dezembro de 2013.
Buscando virar a página da história de corrupção na Petrobras, investigada pela Operação Lava Jato da Polícia Federal, a presidente Dilma Rousseff (PT) visita o Estaleiro Atlântico Sul (EAS), em Ipojuca, na próxima quinta-feira (14) para lançar o navio petroleiro André Rebouças e batizar o Marcílio Dias.
As embarcações fazem parte do Programa de Modernização e Expansão da Frota da Transpetro (Promef).
O estaleiro é um dos atingidos pela corrupção na Petrobras, cujos rombos por corrupção superam R$ 6 bilhões apenas em 2014.
De acordo com a assessoria da Transpetro, a cerimônia no EAS terá início às 11h, e, além da presidenta Dilma Rousseff, estão confirmadas as presenças do presidente da Petrobras, Aldemir Bendine, e do presidente da Transpetro, Cláudio Campos. » Dilma vem a Pernambuco inaugurar dois novos navios produzidos no Estaleiro Atlântico Sul O petroleiro André Rebouças, do tipo suezmax, tem as mesmas dimensões do Henrique Dias, que foi lançado ao mar em dezembro do ano passado.
Na ocasião, a cerimônia foi discreta, sem festa ou pompas.
O período marcava o momento crítico da Operação Lava Jato.
O André Rebouças é o quinto navio produzido no Estaleiro Atlântico Sul.
As embarcações são destinadas ao transporte de óleo cru na exportação e cabotagem, com capacidade de transporte de carga de cerca de 1 milhão de barris de petróleo, o equivalente a quase metade da produção brasileira diária.
Semelhante ao Henrique Dias, o petroleiro André Rebouças tem 274,2 metros de comprimento, 48 metros de largura, porte bruto de 157,7 mil toneladas e capacidade para transportar um milhão de barris.
Ano passado, durante a entrega do quarto navio, o Estaleiro Atlântico Sul afirmou que o André Rebouças era o projeto mais completo até o momento, pois nele foi empregada integralmente a tecnologia de construção e montagem por megablocos.
HISTÓRICO - O navio de número um, o João Cândido, demorou quase 4 anos para ficar pronto.
Desde que os japoneses da IHI entraram como sócios no empreendimento, o EAS apresentou à Transpetro um cronograma de entrega e um plano de produção para aumentar a competitividade da indústria.
Seguindo a tradição de batizar navios com o nome de líderes negros, a Transpetro escolheu o primeiro engenheiro negro do Brasil, André Rebouças, para nomear o quinto petroleiro do EAS.