Pedro Corrêa foi transferido do Presídio de Canhotinho para a Superintendência da PF em Curitiba.

Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem.

Dando continuidade aos interrogatórios de políticos envolvidos no esquema de corrupção da Petrobras, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) destinada a investigar as irregularidades na estatal vai ouvir nesta segunda-feira (11) sete presos.

Ao longo da semana, serão ouvidos 13 depoimentos, de pessoas suspeitas de integrar a ação criminosa.

Serão tomados depoimentos nesta segunda (11) do doleiro Alberto Youssef, acusado de ser o principal operador financeiro do esquema investigado; do empresário Mário Góes; do ex-diretor Internacional da Petrobras, Nestor Cerveró; do empresário Fernando Soares; do dono de empresas de terraplanagem Adir Assad; de Guilherme Esteves (acusado de ser operador financeiro do estaleiro Jurong) e de Iara Galdino (apontada como funcionária da doleira Nelma Kodama).

De acordo com informações da Câmara dos Deputados, nesta terça (12), a CPI ouvirá o ex-deputado pernambucano Pedro Corrêa (PP), a doleira Nelma Kodama, René Pereira (ligado a Youssef), Luiz Argolo (ex-deputado), André Vargas (ex-deputado) e Carlos Habib Chater (doleiro).

CASO PEDRO CORRÊA - Condenado pelo mensalão e investigado pela Operação Lava Jato por suspeita de ter recebido R$ 5,3 milhões desviados da Petrobras, o ex-deputado federal e ex-presidente do PP Pedro Corrêa cumpria pena em Centro de Ressocialização de Canhotinho (CRA), no Agreste de Pernambuco, pelo processo do mensalão.

Em abril, o ex-deputado foi transferido para a Superintendência da Polícia Federal em Curitiba.

Investigações da Polícia Federal apontam que Pedro Corrêa (PP-PE) pediu dinheiro ao doleiro Alberto Youssef por e-mail, os escritórios do doleiro visitou ao menos 23 vezes e tinha movimentação financeira incompatível com seus rendimentos.

De acordo com a polícia, o político continuava recebendo dinheiro de Youssef, mesmo depois de ser condenado no mensalão.