Acampamento começou na noite dessa quinta-feira.
Foto: Marília Banholzer/NE10 Secretário de Planejamento Urbano do Recife e mediador do processo de reelaboração do plano urbanístico do Cais José Estelita, Antônio Alexandre, considera que todas as etapas democráticas foram percorridas dentro do processo.
O titular da pasta fala como interlocutor do prefeito Geraldo Julio (PSB), cuja frente do prédio, na Torre, Zona Oeste da capital, está ocupada por integrantes do Ocupe Estelita, desde a noite desta quinta-feira (7).
Segundo o secretário, a expectativa é que o bom senso prevaleça. “Nós não conseguimos entender que pessoas que reivindicam por democracia não consigam respeitar os ritos do processo democrático.
Foram abertos canais de diálogo para contribuir para o aperfeiçoamento do projeto, mas foram negados pelo próprios processo de discussão.
O projeto passou pela Câmara dos Vereadores, depois de passar por todas as instâncias de discussão”, elencou o secretário. “Não se pode achar que democracia é imposição de um grupo de seu ponto de vista, passando por cima de todo esse processo democrático.
Eles têm direito à manifestação, mas tudo tem limites em uma democracia e acho todos têm direito à privacidade, ao repouso”, acrescentou Antônio Alexandre.
O Movimento Ocupe Estelita voltou a fazer manifestações nas ruas nesta segunda-feira (4), quando a Câmara de Vereadores do Recife aprovou o Projeto de Lei com o plano urbanístico relativo às áreas do Cais José Estelita, Cais de Santa Rita e Cabanga.
No local, o Consórcio Novo Recife deve construir 13 prédio residenciais e empresariais.
O projeto foi sancionado pelo prefeito Geraldo Julio ainda na noite de segunda, mesmo ele estando em viagem à São Paulo.
Os manifestantes alegam que o projeto foi aprovado sem que houvesse um diálogo mais amplo entre o Novo Recife, o Movimento Ocupe Estelita e integrantes da sociedade civil.