Da Folha de S.

Paulo A geração de postos de trabalho no Nordeste perdeu fôlego neste início de ano.

A região gerou no primeiro trimestre 330 mil empregos, ante 1,03 milhão no mesmo período do ano passado. “A desaceleração no Nordeste vem ocorrendo desde o segundo semestre do ano passado.

Agora, aprofundou. É um cenário que pode piorar mais pela frente”, disse João Sabóia, do Instituto de Economia da UFRJ.

Ainda que tenha sido a região que mais gerou postos de trabalho no país neste começo de ano, superando o Sudeste (207 mil), essas vagas criadas não foram suficientes para atender à busca da população por emprego.

Assim, a taxa de desemprego na região cresceu de 9,3% nos três primeiros meses de 2014 para 9,6% no mesmo período desse ano. É a maior taxa do país.

Além disso, o rendimento dos trabalhadores da região teve a maior queda do país –1,9% no primeiro trimestre ante igual período de 2015, para R$ 1.251.

A piora do mercado de trabalho pode atrapalhar ainda mais a aprovação da presidente Dilma no Nordeste, diz Fernando Abrucio, professor da FGV São Paulo. “Os programas sociais ainda são o carro-chefe do governo no Nordeste, mas uma redução do emprego tende a gerar insatisfação.”